A relação do ser humano com o cavalo já é milenar e reflete as origens de grandes civilizações, quando o homem utilizava o animal como meio de transporte. O tempo passou e as máquinas se tornaram o principal meio de locomoção, mas não diminuíram o amor por “andar a cavalo”. Hoje, o turismo equestre é uma atividade praticada pelos apaixonados por cavalgada e natureza, trazendo conexão entre o homem e o animal.
No turismo equestre, o cavalo ou a mula são os responsáveis por realizar trajetos e passeios. A atividade pode ser desenvolvida em forma de marcha, que tem menor impacto; galope, quando ocorre um pouco de corrida; e uma caminhada lenta. As cavalgadas são realizadas em várias modalidades: noturnas, ecológicas, de curta e longa duração, podendo incluir pausas para alimentação, contemplação da natureza e visitação das cidades onde são feitos os percursos.
Em alguns lugares, nem carros, motos ou mesmo bicicletas conseguem passar, fazendo com que os cavalos e mulas sejam ainda mais importantes para o conhecimento de locais turísticos. Com a sabedoria de quem sabe onde pisa, o animal encara obstáculos que vão de rios, pedras a pântanos. Poder apreciar as paisagens, campos, praias, montanhas, cidades históricas e matas junto ao cavalo e respeitando o animal é uma prática que proporciona uma vivência única ao turista.
CONHEÇA MAIS: Sobre o turismo equestre no Brasil
É importante que o turista se lembre que o cavalo é um ser vivo e há imprevisibilidades em relação aos passeios. Por isso, contrate um serviço especializado e pratique a atividade preferencialmente em grupos.
Conheça alguns roteiros espalhados pelo Brasil e não se esqueça de apreciar esse momento de conexão.
No Nordeste
Imagine fazer uma caminhada lenta, sentindo a paz e o relaxamento proporcionado pelo andar do cavalo na beira de uma praia deserta.
Esse é o cenário trazido pelas cidades do Litoral Sul de Alagoas, em especial o município de Feliz Deserto.
Por lá, são vários quilômetros de cavalgadas entre dunas, praias desertas e coqueirais, que promovem um verdadeiro desbravamento da natureza pouco habitada.
Cidades históricas
Outra rota para seguir apreciando as belezas do Brasil no lombo do cavalo são as montanhas e cidades históricas de Minas Gerais.
Por lá, o viajante pode entrar em contato com a imensidão das serras verdinhas do Estado, além de passar por plantações de cafezais.
No circuito da Serra da Mantiqueira, que corta Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a cadeia de montanhas vai imprimir na memória do turista uma paisagem exuberante. No trajeto também são encontrados vilarejos, arraias e a tradição de um Brasil interiorano.
Em Minas também é possível percorrer o Circuito das Águas, que corta 12 cidades do Sul do Estado, onde o turista vai cavalgar em fazendas históricas, matas e campos, conhecendo as belezas naturais e culturais da localidade. As águas curativas e as cascatas revigorantes vão fazer seu papel e trazer renovação, aliadas, ainda, às delícias culinárias oferecidas pelos estabelecimentos e fazendas da região. De bônus, o turista ainda ganha a experiência de cavalgar ao luar, uma tradição da região.
Nas terras do Sul
As belezas das terras do Sul do Brasil, em especial no circuito de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, também são espaço para o turismo equestre.
A história da região e dos imigrantes europeus se mistura com a beleza das pradarias e matas de Araucárias.
As fazendas coloniais são os locais de estadia para os viajantes a cavalo, que acabam tendo contato com a cultura local. Música, gastronomia, e contos narrados de pai para filho há gerações vão trazer ainda mais vivência para o passeio.
Pantanal
O Pantanal, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, oferece ao turista equestre a Expedição Pantaneira, que envolve uma mistura de aventura, charme e preservação ambiental.
Baías, brejos, lagoas e pântanos compõem a paisagem da imersão. A diversidade da fauna e da flora também estão inclusas no passeio e vão encher os olhos dos turistas apaixonados por natureza, que conhecerão uma das maiores extensões úmidas contínuas do mundo.
Nayara Oliveira, Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo