Com área de 4 milhões de hectares, o Parque Montanhas do Tumucumaque, no Noroeste do Amapá é destino certo para o turista que procura contato com a natureza e passeios ao ar livre numa jornada de ecoturismo.

Administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conversação da Biodiversidade (ICMBio) está unidade de conservação permite o turismo ecológico e as visitas apoiam a educação do uso sustentável dos recursos naturais como alternativas de geração de emprego e renda. A atividade turística no Parque se dá em dois polos diferentes: o Polo Amapari e o Polo Oiapoque.

A Amapá Ecocamping, operadora de produtos turísticos na região amazônica oferece um pacote a partir do Rio Amapari. De Macapá, capital do Amapá, até a entrada do Parque, a última cidade chama-se Serra do Navio. São exatamente 220 km, metade do trajeto feito em estrada asfaltada. Os muitos buracos do último trecho somados ao estilo rústico das casas à beira do caminho revelam o início de uma experiência por um Brasil amazônico desconhecido para uma grande maioria de brasileiros e estrangeiros.

Lagoa Azul em Serra do Navio. Foto: Amapá Ecocamping

Apoio logístico

“A aventura inicia-se, diz Victor Hugo Fernandes, proprietário da Amapá Ecocamping, na comunidade de Vila do Cachaço. A experiência de quem se aventura por ali está em toda a programação, sejam quantos dias forem. O almoço ou jantar ribeirinho permite ao viajante saborear o tempero caseiro e alimentos frescos, além de ser uma oportunidade para conhecer o modo de vida e histórias dos moradores”.

Durante o tour, a vivência ribeirinha permite uma tarde inteira de atividades desenvolvidas com a comunidade para apresentar o estilo de vida dos locais. As atividades não seguem um roteiro fixo, dando a opção ao turista de escolher algumas experiências como: passeio de canoa ou barco; casa da farinha; casa de cana de açúcar; visita à vila do cachaço e trilha da cachoeira da Dona Antonia. Não existem muitos hotéis ou pousadas na região, quem opta por desbravar o Tumucumaque conta com a cortesia de famílias que adaptaram suas casas para servir de apoio logístico aos grupos.

Rio Amapari no verão. Foto: Amapá Ecocamping

O ponto de partida para a jornada é um transfer em voadeiras (embarcações de alumínio) por 80 km pelo rio Amapari até o Centro Rústico de Vivência (CRV), base do Parque do Tumucumaque; em torno de seis horas de viagem. Para aliviar o cansaço do percurso são oferecidas paradas para alimentação, banho de rio e descanso. O CRV é um centro de interpretação da natureza, construído no meio da floresta de acordo com técnicas artesanais rústicas, dotado de estrutura básica de cozinha, banheiros secos e redários.

Onça-pintada

A Trilha Ecológica da Copaíba é um passeio pelo interior da floresta preservada, que permite o conhecimento da rica diversidade arborícola, habitat natural de aves, mamíferos, répteis, fungos, cipós e várias surpresas do bioma amazônico. As espécies que mais se destacam são a maçaranduba, maparajuba, cupiúba, mandioqueira, louros, acapu, acariquara, faveiras, abiuranas, tauari e tachi.

“Já na Trilha Ecológica do Monitoramento o foco é apreciar o passeio interpretativo pelo interior da mata para observação de tocas de animais terrestres, ninhos de pássaros e insetos autóctones. Durante o trajeto todos ficam parados em pontos estratégicos para ouvir os sons e observar o movimento da fauna, o uso de binóculos é indicado, pois maximiza a capacidade de visualização”, reforça Victor.

Trilha da Copaiba/Cipó Escada de Jabuti (Bahuinia rutilans Spruce ex Benth). Foto: Amapá Ecocamping

O parque possui uma fauna que vai desde grandes carnívoros, como a onça-pintada e a suçuarana, até beija-flores multicoloridos, como o beija-flor-brilho-de-fogo. Espécies importantes como o joão-rabudo e o papa-moscas também podem ser encontradas no Parque. Entre os primatas podem ser vistos o macaco-de-cheiro, o macaco-prego, o cuxiú, o paraguaçu, o guariba e o macaco-aranha.

O último dia é dia de desmontar acampamento e retornar para a Serra do Navio onde é possível visitar os principais atrativos históricos, culturais e geográficos do município. Um deles é a Lagoa Azul, piscina natural que surgiu do processo exploratório do manganês na região. Testes químicos realizados pelo Instituto de Meio Ambiente do Amapá (Imap) constataram que a água não é potável, mas é própria para banho. Com o intuito de oferecer mais segurança, a expedição demanda um conhecimento especializado. Por este motivo, uma apresentação da equipe de apoio é necessária, onde são ressaltados temas referentes à prevenção e instruções em caso de procedimentos de emergência.

Base do ICMBio no Parque do Tumucumaque. Foto: Amapá Ecocamping

Fonte: Assessoria de Imprensa

Comentários

Leave A Comment