O compartilhamento de voos (codeshare) entre a Azul e a Latam acabou. Ontem (24 de maio) à noite, as duas companhias informaram, separadamente, o fim da parceria que se efetivará dentro de noventa dias, em 22 de agosto.
A Azul disse que ” codeshare com a Latam foi uma alternativa em nossa resposta à pandemia. Também percebemos que a consolidação da indústria seria importante para a recuperação pós-pandemia e a Azul é parte fundamental em iniciativas desse tipo. No fim do primeiro trimestre deste ano, contratamos consultores financeiros e estamos estudando ativamente oportunidades de consolidação. Acreditamos que o encerramento do codeshare pela Latam seja uma reação ao processo de consolidação”. diz John Rodgerson, CEO da Azul.
Já a Latam, segundo seu CEO Jerome Cadier disse: “Este acordo de codeshare foi uma alternativa identificada pelas duas empresas para enfrentar a queda de vendas e redução de malha aérea durante o auge da pandemia. Com a perspectiva de melhoria, não há mais sentido. Além disso, tanto a expansão quanto o volume de passageiros que se beneficiam deste acordo ficaram aquém das expectativas iniciais da Latam durante o ano de 2021″.
A dissolução deste acordo está alinhada entre ambas as empresas e não trará qualquer impacto aos passageiros, destacaram, informando que o acordo também inclui acúmulo recíproco de pontos nos programas Latam Pass e TudoAzul.
“A Azul está emergindo desta crise em uma posição de liderança em termos de liquidez, recuperação de malha e vantagens competitivas. Nossos planos não mudaram e estou confiante de que estamos na melhor posição para buscar alternativas estratégicas neste momento”, afirma Rodgerson.
A Latam, informa a nota, está fazendo alguns movimentos importantes. O primeiro é a recuperação da sua malha aérea no mercado interno com projeção de operar em torno de 90% até dezembro de 2021. A empresa está operando 49% do que operava no mesmo mês em 2019. Essa projeção é superior à de abril deste ano, quando a companhia operou 38%. E, nesta sequência, a empresa prevê a contratação de 750 pilotos e comissários até o final do ano. Adicionalmente, estão chegando ao Brasil sete Airbus A320 para fortalecer a malha doméstica. Paralelamente, o Grupo acaba de anunciar um plano agressivo de crescimento da frota de cargueiros na região como um todo, passando de 11 a 21 aeronaves 767 dedicadas à carga.
Fonte: Azul e Assessoria de Imprensa
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