Está aberto para os curitibanos e turistas duas novas atrações no Parque São Lourenço: o Memorial Paranista e o Jardim das Esculturas.
O Memorial Paranista além das salas de exposição e da Capela Paranista, o local conta com uma unidade da loja #CuritibaSuaLinda, o Liceu de Artes e o Ateliê de Esculturas. No local, sob a coordenação do escultor Elvo Benito Damo, estavam sendo fundidas em bronze as medalhas da Comenda da Ordem da Luz dos Pinhais, entregues a personalidades homenageadas pelo prefeito.
Concebido para ser mais um espaço inteligente e acessível da cidade, o novo Memorial Paranista dotou suas cem obras de arte de identificação por QR Code (o código lido pelas câmeras dos smartphones) e Braille (sistema de escrita para cegos). O objetivo é que o público tenha autonomia para informar sobre os trabalhos do escultor João Turin que estão expostos no espaço.
Já o Jardim das Esculturas apresenta réplicas ampliadas de exemplares do artista plástico paranaense e precursor do Paranismo João Turin.
O novo espaço cultural exibe cem obras entre esculturas, bustos e baixos-relevos do artista que, de acordo com o Movimento Paranista, exaltam o índio (para Turin, o verdadeiro dono da terra) e os elementos naturais característicos do Estado.
Elisabete Turim, sobrinha do artista e que por 23 anos foi diretora da extinta Casa João Turismo, disse que as “peças que poderiam ter se perdido, porque eram de gesso, foram fundidas em bronze e tiveram o destino adequado. Agora poderão ser apreciadas pelo público em geral e pelos estudantes. Agradeço de coração ao prefeito, que sempre demonstrou que ama a memória”.
O acervo
O acervo é formado por 78 obras doadas ao Estado do Paraná pela Família Lago (detentora dos direitos autorais de João Turin) e por sua vez cedidas em comodato para o município de Curitiba; doze obras adquiridas pela Prefeitura junto aos detentores dos direitos autorais do artista; três obras doadas para o município pela Canal Marketing Associados Ltda, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal, com o apoio da Copel; três obras cedidas em comodato pela Família Lago, e quatro obras que já pertenciam ao acervo da Fundação Cultural de Curitiba.
Espaço Inteligente
Além disso, em breve, os visitantes que não podem ver ou têm baixa visão também contarão com um audioguia. O recurso oferecerá a descrição detalhada e individualizada dos diversos ambientes do Memorial e dos trabalhos artísticos instalados em cada um deles.
Visitas agendadas
O público poderá realizar o agendamento para visitação gratuita no site do Memorial Paranista (limitadas em razão das medidas de prevenção a Covid-19).
As visitas acontecem de hora em hora: de terça a sexta, às 10h, 11h, 12h, 14h, 15h, 16h e 17h; e aos sábados, além desses horários, também às 13h.
Uma pessoa pode agendar para no máximo quatro visitantes e cada visita comporta cinquenta pessoas, sendo trinta vagas reservadas para agendamentos individuais e vinte vagas para grupos turísticos ou escolares.
Na comemoração do aniversário de 1 ano do Memorial, visitantes podem usar a instalação artística Monumente-se, do artista visual Tom Lisboa. A obra interativa gera ilusão de ótica, transformando o visitante em escultura viva, e permanecerá no acervo do espaço para o público soltar a criatividade.
Monumente-se faz com que o espectador consiga manipular, interferir e transformar o objeto em escultura a partir do registro fotográfico. A instalação é um pedestal desconstruído, onde o visitante pode subir, se fotografar e criar a imagem monumentalizada.
No Exílio
Em setembro de 2023, uma obra perdida do artista João Turin foi resgatada pela Prefeitura de Curitiba e foi instalada no Jardim de Esculturas do Memorial Paranista, no Parque São Lourenço.
A escultura No Exílio, tem 300 quilos e 2,70 metros de altura e foi produzida e fundida no Ateliê de Esculturas do Memorial Paranista. A peça é uma releitura feita pela artista Luna Rio Apa a partir de documentos históricos, anotações e fotografias de Turin.
No Exílio foi criada no início do século 20 quando João Turin vivia na Bélgica. Apresentada pelo artista como trabalho de conclusão de curso na Real Academia de Bruxelas e premiada com a Menção Honrosa no Salão de Paris, em 1912, não foi trazida ao Brasil. Ela ficou no ateliê do artista.
Fonte: Prefeitura de Curitiba
A foto que abre a matéria, de Guilherme Luchina, é do Memorial Paranista, no Parque São Lourenço
Atualizada em 12/maio/2022 e em 27/setembro/2023