Inhotim, o maior museu a céu aberto do mundo, terá duas datas de inauguração em 2024: a primeira em abril e a segunda em outubro. Ano passado, o museu atingiu a marca de quatro milhões de visitantes desde a sua inauguração, em 2006, e registrou um aumento de 512% de visitantes com entrada gratuita (representando 49% do público geral) e mais de 28 mil atendimentos da área de Educação.

Júlia Rebouças, diretora Artística da instituição, acredita que “a singularidade do Inhotim reside no encontro entre arte e natureza a partir de uma especificidade de criação que proporciona experiências que só são possíveis de serem realizadas no Inhotim, seja pela relação com o espaço físico e jardim botânico; pelo contexto cultural, social e histórico em que se inserem, sendo um museu no Interior do Brasil, fora de centros urbanos; seja pela possibilidade de desenvolver obras numa temporalidade mais distendida, ousando gestos experimentais que contam com o suporte de equipes de profissionais de curadoria, arquitetura, produção, além de ateliês com especialistas em montagem de projetos de alta complexidade”.

Para 2024, Inhotim reforça seu caráter de experimentação em múltiplas linguagens artísticas, dedicando seus espaços expositivos a projetos solo de importantes nomes da atualidade, em mostras de longa duração, que se relacionam diretamente com o acervo instalado.

O Barco

Na primeira abertura, dia 13 de abril, Grada Kilomba e Paulo Nazareth ganharão mostras individuais em importantes espaços expositivos.

Depois de integrar a curadoria da 35ª Bienal de São Paulo, em 2023, a portuguesa Grada Kilomba, artista interdisciplinar, retorna ao Brasil e traz para a Galeria Galpão a peça O Barco/The Boat (2021), inédita no país.

Instalação O Barco, em Londres. Foto: Tim Bowditch/Goodman Gallery And Artist

A obra é constituída por uma instalação escultórica ativada por performance, a partir de centenas de blocos de madeira carbonizada que remontam à silhueta de uma grande embarcação. Em alguns desses blocos estão gravados, em matéria dourada, versos de um poema escrito pela artista e traduzido para seis idiomas: iorubá, kimbundu, crioulo, português, inglês e árabe.

A performance, dirigida por Grada e conduzida por cantores, bailarinos e musicistas, será realizada em sessões que compõem um primeiro ato, quando da inauguração da obra. Após a realização desse primeiro momento, a artista retorna a Brumadinho com sua equipe e colaboradores para desenvolver os atos subsequentes com artistas locais, em um programa de ativações que deve se estender por pelo menos dois anos, enquanto a obra estiver em exibição.

A Galeria Galpão conta com uma área de cerca de 1,5 mil m² e em montagens anteriores exibiu obras de William Kentridge, Janet Cardiff & Georges Bures Miller. A exposição tem o patrocínio da Vale, da Shell e da B3, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

História e território

O paulista Paulo Nazareth ocupa a Galeria Praça, um dos pontos mais visitados do Inhotim e que conta com instalações permanentes de Janet Cardiff e John Ahearn & Rigoberto Torres.

A mostra parte das relações entre história, território e deslocamentos, conceitos que são caros à obra do artista que, desta vez, trabalha em sua própria região, em Minas Gerais.

Baseado no Conjunto Palmital, no município de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, Paulo articula diversos lugares nesta mostra, ao propor obras que acontecem também fora da galeria – como um bananal plantado na área de Inhotim – ou trabalhos que se dão no trânsito até a instituição, e que se expandem por outras localidades.

A exposição será composta por obras comissionadas especificamente para Inhotim, que se unem a trabalhos da coleção e empréstimos, em uma ocupação processual da Galeria Praça. A exposição é patrocinada pela Vale e pela Shell, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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Memória e infância

Na abertura do segundo semestre, em 19 de outubro, a mineira Rivane Neuenschwander apresenta uma mostra solo na Galeria Mata. A exposição contará com trabalhos de variadas épocas, em torno de eixos que atravessam a produção de Rivane, como memória e infância, natureza e ecologia, história e ditadura.

Presente no acervo do Inhotim, a artista inaugurou em 2009 a obra Continente/Nuvem (2008) instalada em uma antiga construção residencial. Com esta exposição, retoma na instituição projetos que contam com forte carga poética para tratar de inquietações, medos e desejos que atravessam nosso tempo, em instalações, obras audiovisuais, pinturas e esculturas.

Homo sapiens

No espaço da Galeria Fonte será instalada de forma imersiva a obra Homo sapiens sapiens, da suíça Pipilotti Rist, filmada nos jardins do Inhotim em 2004 e que foi exibida na Bienal de Veneza de 2005, quando a artista representou a Suíça, ocupando a Igreja de San Stae.

A obra representa corpos femininos que se fundem à natureza, a partir de visadas que se aproximam em grandes zooms e se desdobram em imagens caleidoscópicas.

Com referências que vão do Jardim do Éden à iconografia barroca, a artista, expoente da videoarte internacional, tem nessa instalação um marco de sua importante trajetória. Vinte anos depois de sua realização, Inhotim exibe a obra em suas galerias pela primeira vez.

Esculturas

Para uma área de jardim, a baiana Rebeca Carapiá vai desenvolver um projeto comissionado especificamente para Inhotim. Ao trabalhar com linguagem e corpo, a artista cria um conjunto de esculturas e instalações que, como linhas de desenho, avançam pela tridimensionalidade para inventar novos modos de se inscrever em seu tempo.

Presente em mostras coletivas de 2023, Rebeca retorna em 2024 para criar um projeto em parceria com os ateliês de montagem do Inhotim, explorando novas escalas e métodos construtivos. As exposições de outubro contam com o patrocínio da Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Festival Internacional de Música

Em julho, a instituição apresenta seu primeiro Festival Internacional de Música, que vai trabalhar experiências musicais imersas nos ambientes do Inhotim.

Importantes nomes da cena nacional e internacional da música contemporânea se apresentarão ao longo de três dias, em uma programação gratuita para a pessoa visitante do Inhotim, como Aguidavi do Jêje (Brasil), Ballaké Sissoko (Mali), Baloji (Congo), Joshua Abrams & Natural Information Society (Estados Unidos), Kham Meslien (França) e Zoh Amba (Estados Unidos), entre outros nomes que serão confirmados nos próximos meses.

O Festival conta com o patrocínio da Vale, da Vivo e do Banco Sofisa, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Inhotim fica em Brumadinho, a 55 km de Belo Horizonte e abre de quarta a sexta das 9h30 às 16h30 e aos e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. Nos meses de janeiro e julho, o museu abre também às terças-feiras.

Ingressos que estão à venda clicando aqui, custam R$ 50 a inteira e R$ 25 a meia entrada.

Restaurantes

Inhotim oferece aos visitantes diferentes opções para alimentação. No Restaurante Tamboril, tem cardápio a preço fixo, no Restaurante Oiticica, refeições self-service a quilo, com menu que inclui saladas e opções de caçarolas quentes, o Café das Flores fica próximo à recepção e oferece o clássico pão de queijo mineiro, além de opções de lanches, bolos e café. Mais opções de cafés, lanches rápidos, hambúrgueres e sobremesas são servidas nas imediações da Galeria True Rouge pelo OOP Café, na Galeria Miguel Rio Branco pelo Bayo, e na Galeria Galpão com a hamburgueria Hack. Completam as opções de alimentação no Inhotim a Casa de Sucos e a Pizzaria do Teatro.

O Inhotim tem a Vale como mantenedora master; a Cemig como parceira estratégica; Shell, Itaú e B3 como patrocinadores master e conta com o patrocínio ouro do Santander e da CBMM. Os patrocínios são viabilizados por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Com apoio Assessoria de Imprensa

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