A primeira unidade na América Latina do Centro Pompidou de Paris ficará no Brasil, em Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira paranaense. Somente Espanha, China e Bélgica têm as “antenas”, como são chamadas as extensões, do Centro.
Um protocolo de intenções foi assinador para criar o Centro Nacional de Arte de Cultura George Pompidou numa iniciativa que envolve o governo do Paraná, Prefeitura de Foz do Iguaçu, Renault do Brasil, Itaipu e o instituto francês.
O próximo passo será definir as necessidades e a conceituação do espaço – essa fase está prevista para durar até 10 meses e contará com a participação da equipe técnica do Centro Pompidou.
Em seguida, ainda no primeiro semestre de 2023, a expectativa é lançar um concurso para escolha do projeto arquitetônico do novo museu. O espaço deverá ter 10 mil m² com capacidade para abrigar variadas manifestações culturais e incentivar a produção cultural da região.
TURISMO: O lado argentino da Tríplice Fronteira
Coordenador internacional do projeto pelo Centro Pompidou, Marc Pottier classificou a atual fase da parceria como um “namoro”, mas disse estar otimista com um casamento em breve. Ele lembrou que o acervo do museu em Paris conta com trabalhos de artistas brasileiros, como Tunga e Lygia Clark, e o novo empreendimento poderá favorecer um maior intercâmbio entre Brasil e França. “Acho que esse é um dos pontos fortes do projeto”. A negociação começou há 2 anos.
Foz do Iguaçu recebe cerca de 2 milhões de turistas por ano e a cidade tem realizado ações para que esses turistas fiquem mais dias no destino e a instalação do Centro Pompidou vai nesse sentido. “. Se metade deste contingente ficar mais um dia para fazer turismo cultural, a estimativa é que sejam injetados mais R$ 400 milhões anuais na economia de Foz”, declarou o governador Carlos Massa Ratinho Junior na solenidade.
Há 45 anos em um dos bairros mais antigos de Paris, o distrito de Saint-Merri, o Centro Georges Pompidou possui um acervo de mais de 100 mil obras e a maior coleção europeia de arte contemporânea.
Suas características estruturais, com seu projeto arquitetônico inovador, como se a estrutura estivesse às avessas (assinado pelos arquitetos italiano Renzo Piano e o britânico, Richard Rogers), atrai milhares de visitantes. Outro chamariz é o acervo permanente do complexo, composto de obras de Pablo Picasso, Henri Matisse e Vassily Kandinsky, entre outros. Hoje, o Pompidou abriga uma das melhores coleções de arte moderna e contemporânea do mundo, comparável à do MoMa, de Nova York, e ao da Tate Modern, de Londres.
Além do museu, o Centro multidisciplinar promove atividades artísticas para a comunidade, com ênfase na cultura dos séculos 20 e 21.
O nome do Centro é uma homenagem ao presidente francês que o idealizou, Georges Pompidou, governante da França entre 1969 e 1974. A inauguração em 1977 foi feita pelo presidente Valéry Giscard d’Estaing.
Fonte: Assessoria de Imprensa Itaipu