O governo do Egito revelou que foram descobertos mais de cem sarcófagos com cerca de 2,5 mil anos na necrópole de Saqqara, que fica localizada ao sul da capital, Cairo. O anúncio da Superintendência Arqueológica, feito no último sábado (14), ainda destaca que muitas deles estão muito bem conservados.
A descoberta foi localizada próxima à pirâmide de Djoser e, além das múmias, foram encontrados itens de adorno, como 40 estátuas douradas ainda intactas. As peças pertencem a duas dinastias: uma que varia entre 320 a.C. e 30 a.C., da dinastia ptolomaica, e a outra entre 664 a.C a 332 a.C, do chamado período tardio.
Os sarcófagos estavam a 12 metros de profundidade e são a maior descoberta do ano, em um dos sítios que mais tem revelado a história do Egito Antigo nos últimos anos. A extensa necrópole de Saqqara está localizada na antiga cidade de Mênfis, local considerado patrimônio da Unesco.
“Saqqara ainda não revelou todo o seu tesouro – e é um tesouro enorme. As escavações estão em curso e, cada vez que descobrimos o vão de uma tumba, encontramos também outra e outra e outra”, destacou o ministro egípcio do Turismo e das Antiguidades, Khaled El-Anany.
A área da descoberta é a mesma de outro achado, apresentado ao mundo no início de outubro em uma polêmica cerimônia aberta ao público. Naquele dia, foram mostrados 59 sarcófagos datados entre os séculos 6 a.C e 7 a.C..
Assim como os itens descobertos em outubro, todos os achados irão para o Grande Museu do Egito, que deveria ter sido inaugurado neste ano, mas teve sua abertura adiada para o ano que vem.
Fonte: Ansa
Foto: EPA/Mohamed Hossam