Bruno Fonseca

No horizonte conseguimos visualizar cada vez mais a reabertura das fronteiras e, consequentemente, a volta do turismo está se tornando uma realidade. Vários países já abriram fronteiras para viajantes brasileiros, e com o avanço da vacinação e do passaporte da vacina, vários outros abrirão em breve.

Durante a pandemia o fluxo de importação de moeda estrangeria foi prejudicado, e por esta razão, seu custo aumentou, além da desvalorização do Real, que afetou muito o poder de compra de moeda estrangeira do turista brasileiro. Com a volta do turismo, o fluxo de importação de moedas deve aumentar e o custo de aquisição desse produto cair, visto que essa é uma das variáveis que compõem o preço de compra.

O Real foi uma das moedas que mais sofreu desvalorização frente a outras divisas mundiais, não só o Dólar e o Euro ficaram mais “caros”, o enfraquecimento da nossa moeda foi algo forte e notado durante a pandemia também. Várias são as influências desse fator em nossas vidas, desde a inflação de produtos de consumo básico ao aumento do preço para viagens internacionais.

Apesar de conseguirmos enxergar um possível fim da pandemia, suas consequências ainda estarão presentes em nossas vidas por muitos anos. A recuperação econômica global será gradual e dependerá de vários fatores. Dados de recuperação da economia (como vagas de empregos geradas, nível de otimismo do consumidor, entre outros), aportes de recursos dos Bancos Centrais e FED, o Banco Central dos Estados Unidos, rumos das reformas econômicas e tributárias no Brasil entrarão no radar para definir o futuro do real. O cenário ainda é muito nebuloso e não muito claro, mas temos o otimismo de que já passamos pelo pior.

Gostaríamos de ter uma visão mais clara dos rumos da nossa economia, mas infelizmente ainda não temos esse norte. Segundo o boletim Focus, fornecido pelo Banco Central a cotação do Dólar em relação ao Real deve ser de R$ 5,10 para 2021 e entre R$ 5,20 e R$ 5 para os próximos anos.  A paridade entre o Euro e o Dólar deve se manter entre 1,10 e 1,20, mantendo os patamares atuais.  Dentro desse prisma temos que a cotação do Dólar Turismo (utilizada para aquisição de papel moeda e base de cálculo do cartão de crédito) deve ser manter entre R$ 5,30 e R$ 5,50 em um cenário normal nos próximos meses, mas como esse é um mercado volátil, alterações poderão ser percebidas.

Bruno Fonseca, sócio e diretor de Câmbio na Fonseca Câmbio

Foto: TheDigitalWay/Pixabay

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