O Paraná é cortado por cenários rurais incríveis e uma pluralidade de atrativos que podem entrar na programação das famílias. O Noroeste do Paraná abriga uma riqueza de opções de beleza natural, acolhimento em propriedades rurais, ecoturismo, turismo de aventura, cultural e religioso.

De ônibus, de carro ou de avião, partindo de Maringá ou outras cidades, é possível chegar até o território turístico conhecido como Caminho das Águas, que abrange Altônia, Alto Piquiri, Cruzeiro do Oeste, Esperança Nova, Francisco Alves, Icaraíma, Iporã, Ivaté, São Jorge do Patrocínio, Umuarama e Xambrê, cidades banhadas por 420 km dos rios Paraná, Piquiri, Ivaí e Goioerê. O passado milenar se acomoda na paisagem verde, num cenário cuidadosamente desenhado pela natureza e conservado pela população.

O outono é uma boa opção para essas viagens regionais. Nesta região, sem gastar muito, é possível desfrutar de cachoeiras, degustar pinhão sapecado na fogueira, andar de cavalo, descer corredeiras, “lagartear” nas areias das praias de água doce ou, ainda, visitar as barraquinhas de uma feirinha que esconde tesouros de talentos anônimos. Os visitantes e moradores da região também têm acesso à Rota do Pedal, em Umuarama, Rota dos Pioneiros, a maior aquática do Brasil, e Rotas do Morango, da Lavanda e dos Girassóis.

TURISMO: Rota dos Pioneiros, é a primeira aquática do Brasil

O Turismo rural é um segmento que possui excelentes opções para momentos relaxantes em contato com a natureza. Pequenas propriedades rurais potencialmente produtivas empreenderam no turismo e oferecem roteiros formados por verdadeiros oásis. A principal característica é a valorização do patrimônio cultural e natural. Refeições típicas e degustação de pratos produzidos na propriedade engordam o cardápio.

Caminhos das Águas

Na região do Caminho das Águas (foto que abre a matéria), por exemplo, adeptos ao ecoturismo precisam ir até Altônia, Icaraíma ou São Jorge do Patrocínio. Esses são alguns municípios que são abrangidos pelo Parque Nacional de Ilha Grande. A área de preservação tem 180 ilhas e 100 km de navegação pelo Rio Paraná. Ainda há a Praia do Meião em Porto Camargo, a Lagoa de Xambrê em Altônia (segunda maior lagoa costeira do Brasil), a Corredeira dos Índios em Iporã e, entre cachoeiras e trilhas, o Salto no Alto Piquiri.

Prainha do Meião. Foto: Lucio Freire dos Santos

Para quem gosta de adrenalina, os atrativos são as quedas do Salto Paiquerê, no Rio Goioerê, e as corredeiras dos Apertados do Rio Piquiri. Opções de rafting pelos rios Goioerê e Alto Piquiri completam o passeio. Por ali também dá para acampar e jogar uma partida de paintball.

O Rio Paraná e toda a sua exuberância é parte de São Jorge do Patrocínio, Altônia e Icaraíma. Guaíra também entra nesse roteiro, com a trilha de caiaque toda sinalizada e a Rota dos Pioneiros. A paisagem chama atenção pela biodiversidade. O acesso é fácil, através das inúmeras marinas, embarcações de aluguel e rampas de embarque e desembarque.

O patrimônio histórico da região Noroeste é moldado pela vivência de algumas etnias e ultrapassa as fronteiras da origem humana.

Conhecida como a “Cidade dos Dinossauros”, Cruzeiro do Oeste é um mergulho na pré-história. O primeiro dinossauro paranaense foi descoberto lá. Cinco novas espécies estão expostas no Museu de Paleontologia. Para completar o roteiro há até um pastel do pterossauro.

A religiosidade também é marcante nessa região. São várias igrejas e percursos. O Caminho dos Santuários passa pelos municípios de Iporã, Cafezal do Sul, Perobal e Umuarama. São 65 km partindo da Paróquia Santo Antônio, em Iporã. Em Cafezal do Sul, a passagem obrigatória é na Paróquia São José Batista, e, em Perobal, na Paróquia São Pedro.

O melhor bolinho de carne do Paraná, contam os moradores é encontrado no Caminho das Águas, na Serra dos Dourados. Mas a proximidade da água faz com que a maioria dos pratos da culinária local traga o peixe como principal ingrediente.

Viagem acolhedora

Agricultores familiares que decidiram investir em turismo rural não precisaram modificar suas propriedades para empreender. Aproveitaram a casa de arquitetura antiga, o velho fogão a lenha e as primitivas ”picadas” abertas no meio da mata. Em Altônia, 3 propriedades formam o “turismo rural comunitário”, no Caminho das Paineiras.

Caminho das Paineiras. Foto: Geni Block

“A ideia deu certo”, diz Geni Block, dona de uma das propriedades que recebe visitantes até do estrangeiro. “Deu tão certo que inauguramos recentemente um armazém para vender os nossos produtos e o que os vizinhos produzem”, conta.

Há comida caipira, típica rural, com pães, bolos, doces e café colhido na própria propriedade. Os queijos e embutidos também são locais. A proposta é seguir a trilha para o Portal de Luz, com restaurantes e chalés para hospedagem. O Portal também oferta passeios na Lagoa Xambrê para andar de caiaque, mergulhar e observar algumas espécies de peixes da lista de risco de extinção.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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