Uma “piscina monumental” com cerca de 48 metros de comprimento e 12m de largura foi encontrada por arqueólogos italianos em uma região entre a capital Roma e a cidade de Ostia, na Itália. Os especialistas estimam que ela tenha sido construída no século 4 a.C.

A área onde foi localizada a estrutura, que parece pertencer a um complexo social, estava sendo investigada pelos especialistas desde junho de 2019 e a descoberta foi anunciada no dia 9 de setembro.

A Superintendência Especial de Roma informou que o local onde a “piscina” de pedra está localizada é muito amplo e inclui também a “vala de Malafede”, habitada desde a época pré-histórica. A área sofreu numerosas transformações ao longo de oito séculos e já é palco de “preciosos objetos” históricos encontrados durante as investigações arqueológicas.

A grande presença de águas subterrâneas e aquelas que vem do rio Tibre tornaram as análises mais difíceis e provocou o uso de sofisticadas técnicas com equipamentos para analisar vastas partes do terreno.

Os objetos mais antigos encontrados ali datam do início do século 5 a.C. e mostram ainda um povoamento posterior na região, como no caso das bases de construções que estavam enterradas há milhares de anos. A presença de numerosos fragmentos de objetos pintados de cerâmica indicam ainda que essa era, provavelmente, uma área sagrada. Conectada a esses pontos, está a piscina gigante.

A função da estrutura ainda está em fase de estudos e pode ter inúmeras operações: tanques de decantação, área de rituais, recipiente de esterco de animais, ponto de coleta de água para uso agrícola ou para uso na criação de animais, um local de produção, entre outros.

Todavia, a “piscina de Malafede” tem poucos monumentos para ser comparada seja pelas grandes dimensões ou por detalhes da estrutura, como a presença de uma espécie de escorregador ou dos enormes blocos de pedra que rodeiam o local. Além disso, chama a atenção a falta de um piso inferior.

De acordo com os pesquisadores, ao fim do século 3 a.C., a área passou por uma primeira modificação importante, sendo que o prédio mais antigo foi completamente destruído e preenchido com grossas camadas de terra. Em cima do que foi aterrado, foi construído um outro complexo com uma função produtiva ou de comércio, enquanto a grande “piscina” ainda estava em funcionamento.

Agora, os pesquisadores esperam que a análise mais detalhada dos materiais localizados possa definir qual seria a função de toda essa infraestrutura. 

Fonte: Ansa

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