Junín de Los Andes é uma pequena cidade muito tranquila, aos pés das montanhas dos Andes, na província de Neuquén, Argentina, na região conhecida como Patagônia dos Lagos. Montanhistas, trekkers e praticantes de rafting passam por lá buscando contato com a natureza e ar puro. Mas as placas de sinalização e bancos de praça de Junín, decorados com desenhos de trutas, já deixam bem claro para quem chega qual a vocação natural da cidade: ser um dos paraísos da pesca na América do Sul.
Um dos motivos que atraem os pescadores a essa região, além da abundância de peixes, é o fato de ser um dos lugares mais tranquilas do mundo. Com pouquíssima população nos arredores, é um destino para quem não está interessado em baladas e agitação. A bordo de um barco, subindo e descendo os gelados rios da região, é comum que os pescadores se encontrem sozinhos com a natureza, apenas com o som do rio corrente e dos peixes saltando.
Na região pesca-se com mosca trutas marrons e trutas arco-íris em grandes quantidades – pescadores veteranos se gabam de pegar até 30 peixes por dia. Mas também podem ser encontradas trutas fontinalis, salmões encerrados – conhecidos por serem os mais “brigões” – além de espécies autóctones de perca e peixe-rei patagônico. Para pescar é preciso pagar uma taxa de preservação ambiental.
Como é um destino que pode ser visitado por toda a família, Junín também tem atividades para quem não se interessa em pescar.
Há trilhas para caminhadas, passeios de lancha, windsurf, esqui aquático, entre outras atividades. Os museus contam a história do povo originário da região, os Mapuche. Para quem gosta de montanhismo a sério, existe a escalada do vulcão Lanín (3.776 metros), um desafio que leva a uma vista inacreditável em meio ao gelo das altitudes. E outro segredo pouco divulgado da cidade é o Via Christi (Caminho de Cristo, em latim), um museu a céu aberto instalado em um parque florestal formado somente por esculturas que contam a história de Jesus, do nascimento à ressurreição. A obra foi criada ao longo de anos pelo artista Alejandro Santana, e tem referências à história mundial e mistura a tradição estética ocidental com a cultura Mapuche.
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Dicas
Como chegar: Junín de Los Andes está acessível a partir do Aeroporto Chapelco, que tem voos diretos saindo de Buenos Aires com duração de 2 horas. Também é possível ir de carro a partir de Bariloche (185 km) ou um pouco mais se decidir seguir pela Rota dos Sete Lagos aproveitando a paisagem.
Onde comer: Há restaurantes conhecidos, como o Ruca Hueney, e outros familiares e acolhedores como o Siegmund. Também tem pizzarias e opções vegetarianas.
Onde ficar: Existem hotéis grandes e tradicionais, como o San Jorge, lodges como o Homelodge Eco Hotel às margens do Lago Huechulafquen. Há chalés de aluguel, como o Santos Lugares Cabanas e o Cabanas Illihue, e campings como o Bahia Canicul.
Com apoio da Opus 1060