Minha viagem ao Líbano teve que ser adiada em dois anos por conta da pandemia da Covid-19. Fomos eu, meu marido Wilson Foz, que é cadeirante, e meus filhos Thomaz, 35 anos, e Rafaela, de 28 anos.

Nossa primeira experiência em Beirute, a capital do país foi o tradicional city tour para conhecer um pouco da cidade. Logo no primeiro almoço provamos pratos incríveis com sabores exóticos. Passamos no Museu Nacional e vimos a trajetória de cinco mil anos deste povo. Saímos andando pela orla com uma paisagem incrível e vendo os costumes da cidade.

Museu Nacional. Foto: Visit Lebanon

Subimos pelas ruelas e tivemos a sorte de encontrar um mercador que veio da montanha para vender seus produtos naturais e orgânicos, passamos um tempo conhecendo um pouco sobre tudo que havia trazido. Terminamos a noite numa performance gastronômica em um centro cultural. Foi incrível.

Santuário de Harissa

Thomaz, Wilson e Valéria no Santuário de Harissa.

No terceiro dia, o passeio foi no santuário de Nossa Senhora do Líbano, o Santuário de Harissa, O rochedo fica em uma maravilhosa colina com vista belíssima ao mar e para Beirute. Além disso, o lugar fica perto da Nunciatura Apostólica, de Bkerké, residência do Patriarca Maronita, de Charfe, residência do Patriarca sírio-católico e não longe de Bzoummar, residência patriarca dos armênios católicos.

A vista do santuário para a baía é lindíssima. Vimos muitos peregrinos de várias religiões, inclusive, da religião Islâmica, religião que tem grande respeito pela Virgem Maria.

Vimos uma das capelas de Nossa Senhora Aparecida, uma doação do Brasil. Para chegar lá, passamos pelo Vale do Bekaa, um lindo vale agrícola desde a época dos fenícios que faz divisa com a Síria e Israel.

 

 

Byblos

Também fomos a Byblos, a cidade mais antiga do mundo, com atividade ininterrupta de sete mil anos.

Pequeno em extensão, grande pela riqueza de sua cultura e história, o Líbano mistura características que agradam aos mais diversos turistas.

Mais de vinte civilizações estiveram presentes na região tornando esta cidade o maior templo arqueológico do Oriente Médio.

Hoje a cidade está intacta com suas construções em pedra e lindas ruelas floridas. Existe uma quantidade imensa de bares e restaurantes e o Byblos Souk com objetos de todo o Oriente assim como os ferreiros que estão por todos os lugares com objetos que fazem parte da cozinha libanesa. O passeio vale muito a pena.

Baalbek

Os templos de Baalbek (Júpiter, Baco e Vênus) ficam a 86 km de Beirute, no alto do fértil Vale do Bekaa, espaço controlado pelo Hezbollah, na divisa entre a Síria e Israel, um local de conflito desde a época das Cruzadas, é pouco visitado em função dos conflitos.

Baalbek foi reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco e é atualmente um dos pontos turísticos mais visitados do Líbano. A história de Baalbek começa aproximadamente cinco mil anos atrás. Antes dos romanos, gregos e fenícios, o local já havia sido habitado por civilizações da Era do Bronze (1900-1600 a.C.). As construções mais marcantes, no entanto, datam da dominação romana.

Templos de Baalbek. Foto: Fred Nassar/Unsplash

O Vale do Bekaa é extremamente fértil e protegido por montanhas, onde a neve é eterna. Não há hotéis nesta cidade.

A segunda parte da viagem a Baalbek foi no restaurante Lakkis Farm, onde tive a oportunidade de comer e fazer a melhor esfiha do Líbano. É um espaço muito agradável, com uma comida deliciosa e muita fartura. Quem for para Baalbek precisa conhecer e se deliciar com as comidas típicas, todas feitas usando carneiro.

Palácio de Beiteddine

Na visita à região de Chouf, conhecemos o Palácio de Beiteddine com rica decoração, mosaicos em mármores coloridos, os luxuosos banhos turcos e a suíte do harém. Os detalhes são lindos e marcantes.

Valéria Foz no Palácio de Beiteddine.

Também visitamos um restaurante muito acolhedor no alto da montanha da região de Chouf. É um lugar onde as mulheres da região, cada dia uma desce com suas comidas. Tem muita coisa, difícil de escolher. No final, é tudo uma delícia.

Posso dizer que a viagem foi muita tranquila, com o povo alegre e receptivo.

A cidade de Beirute, onde mais ficamos, se mistura entre ruínas, edifícios caóticos, lindas construções e outras obras modernistas.

Cada bairro tem sua língua, seus costumes, suas vestimentas e suas crenças. Para nós tudo isto é confuso e pelo que senti para eles também. Isto é o Líbano.

Valéria Foz, dirige o Hotel Fazenda Foz do Marinheiro, já viajou por inúmeros países e relata suas experiências no Valéria Foz Viagens pelo Mundo.

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