Dois museus de Milão, na Itália, a Galeria de Arte Moderna e o Museu de História Natural, vão sediar um projeto experimental contra a ansiedade e o estresse a partir do final do próximo mês de setembro. A iniciativa ASBA (Ansiedade, estresse, ‘museu amigo do cérebro’ e abordagem), coordenada pelo Centro de Estudos sobre a História do Pensamento Biomédico da Universidade de Milão-Bicocca (Cespeb).
O programa interdisciplinar tem como objetivo utilizar as coleções e os museus para “estimular o bem-estar da comunidade através do Mindfulness – prática de se concentrar completamente no presente -, da Arteterapia, das estratégias de pensamento visual, do método Art up e da estratégia experimental baseada na mistura de patrimônio cultural e natureza”.
Cada um desses métodos será analisado em um museu de arte e em um museu de ciências para demonstrar que essas estratégias são aplicáveis e eficazes em diferentes contextos – exceto o Art Up que só pode ser aplicado em museus de arte.
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Segundo os organizadores, cada encontro será marcado por quatro momentos: a parte informativa, a parte vivencial frente aos objetos do museu, a explicação dos mesmos e um debate final. No início e no final de cada um, os níveis de ansiedade e estresse serão medidos por meio de testes padronizados e ferramentas que detectam os índices fisiológicos dos participantes.
Desta forma, a Galeria de Arte de Milão e o Museu de História Natural disponibilizarão algumas salas onde pesquisadores da Universidade de Roma “La Sapienza”, da Universidade de Milão e terapeutas qualificados aplicarão os diferentes métodos de investigação aos voluntários. Cada grupo será composto por 10 pessoas para uma experiência com duração de cerca de duas horas.
“Graças a contribuição desta experimentação, os institutos cívicos poderão transformar-se num espaço social e emocional, onde a arte e a ciência podem tornar-se uma oportunidade de encontro entre pessoas, culturas e experiências”, declarou o secretário de Cultura de Milão, Tommaso Sacchi.
De acordo com o político italiano, “um museu, de fato, reúne muitas funções, incluindo a procura de formas sempre novas de valorizar as suas coleções em constante ligação com o seu público, as suas exigências e as suas necessidades de crescimento”.
Este não é o primeiro estudo sobre as habilidades contra o estresse em uma visita ao museu. Em 2018, o Museu de Belas Artes de Montreal e os Médicos Francófonos do Canadá iniciaram um programa de prescrição de visitas ao museu para pacientes, e fizeram o mesmo em Bruxelas para ajudar aqueles que sofrem de estresse pós-Covid.
Fonte: Ansa
