No coração da Argentina, na província de Córdoba, se situam a Rota Jesuítica e seus vinhedos, declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco, pelos valores excepcionais que possuem.

Saindo da cidade de Córdoba, a 700 km de Buenos Aires, você pode fazer um tour pela “Manzana Jesuíta”, desde 2000 Patrimônio da Humanidade. Em seguida, durante três dias, você pode percorrer a “Rota Jesuíta” viagem ao interior de uma identidade nacional marcada por tensões religiosas e políticas, mas também por uma cultura do vinho que atrai a atenção mundial.

Tudo começou no século XVII, especificamente no período entre 1599 – ano da chegada dos Jesuítas a Córdoba – e 1767, ano em que ocorreu a sua expulsão. Como o lema desta sagrada ordem era “educar e evangelizar”, foram construídas escolas gratuitas, segundo o voto de pobreza que pregavam. Para apoiar financeiramente este objetivo, foram instaladas salas destinadas à produção de vinho.

Estrada Real

A viagem realiza-se integralmente no percurso da Ruta Nacional 9, pois foi ali onde os Jesuítas fizeram as suas estadias, a uma distância confortável e perto da capital provincial.

Em primeiro lugar, a 50 km ao Norte de Córdoba, a capital da província, em menos de uma hora poderá desfrutar das Estâncias de Caroya, que por sua perfeita manutenção e cuidado o levam a uma viagem ao passado, sendo o primeiro estabelecimento rural da ordem Jesuíta.

Por outro lado, em Jesús María poderá apreciar os lugares onde as uvas eram amassadas para fazer vinho. Situada a apenas 4 km ao Norte da Estância de La Caroya, revela-se que sua localização não é fortuita: por ali passava a Estrada Real para a capital do Vice-Reino.

O passeio da Rota Jesuítica continua em Santa Catalina, a maior estância, que pode ser desfrutada junto com um guia local para descobrir os segredos dos séculos XVII e XVIII. Além disso, é composta pela sua igreja monumental, um cemitério e os vestígios do que foi o grande centro de produção agrícola.

Estância Jesuítica Liniers. Divulgação

Fernet

A pé, de bicicleta ou em pequenos trechos em veículos, pode-se seguir a estrada até Alta Gracia, onde estão o Museu Nacional dos Jesuítas e o Museu do Che (localizado na casa onde Che Guevara viveu durante sua infância).

Por fim, a fazenda La Candelaria está localizada no meio das Sierras Grandes, com 300 mil hectares para aprender e se divertir, como pretendiam os jesuítas: com uma taça de vinho na mão.

E como qualquer turista, é impossível não provar os pratos típicos do lugar feitos com seus produtos regionais. Entre eles está a rabada, um refinado guisado cujo ingrediente principal é, como o próprio nome indica, o rabo do boi ou mesmo de vaca. É um guisado que inclui cebola, tomate, páprica, azeite, alho e cenoura. Um prato ideal para se consumir no inverno. Depois, vem o flamenquín, o famoso pão frito empanado com carne de porco enrolada em tiras de presunto serrano. Depois, há o salmorejo cordovês, um creme frio feito de pão de miga, tomate, alho, molho, vinagre e azeite. Este prato é acompanhado por ovo cozido e presunto Serrano picado. E por último, você não vai a Córdoba se não parar em um bar para provar um bom fernet. Essa bebida alcóolica, geralmente utilizada como remédio digestivo, é uma das bebidas favoritas de todos os argentinos que, ao pedi-la com Coca se sente como um cordovês.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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