Se você está programando uma viagem a Barbados, no Caribe, saiba que vai visitar a mais nova república do mundo. A ilha de Barbados rompeu hoje, 30 de novembro, seus laços com o colonialismo britânico.

Independente desde a década de 1960, o país ainda mantinha a rainha Elizabeth II como chefe de Estado.

A cerimônia ocorreu na presença do príncipe Charles e marcou a posse de Sandra Mason, até então governadora-geral de Barbados, como primeira presidente na história da ilha caribenha.

“A República de Barbados zarpou para sua viagem inaugural”, declarou Mason em seu discurso de posse, reconhecendo o mundo “complexo, fraturado e turbulento” em que o país precisará navegar.

“Nossa nação precisa sonhar sonhos grandes e lutar para realizá-los”, acrescentou. A proclamação da república encerra quatro séculos de submissão ao trono britânico, incluindo mais de 200 anos de escravidão, abolida apenas em 1834.

Celebração em Bridgetown, Barbados, após proclamação da república. Foto: EPA/Barbados Today

Turismo

“Desde os dias mais sombrios de nosso passado e a terrível atrocidade da escravidão, que mancha nossa história para sempre, o povo dessa ilha forjou seu caminho com extraordinária firmeza”, reconheceu Charles.

A cerimônia também contou com a presença da cidadã mais ilustre do país, a cantora Rihanna, proclamada como heroína nacional. “Que você continue brilhando como um diamante e trazendo honra para nossa nação”, declarou a primeira-ministra Mia Mottley.

Com cerca de 280 mil habitantes, Barbados vive sobretudo do turismo, setor duramente afetado pela pandemia de Covid-19 e que depende dos visitantes britânicos.

No entanto, ativistas de movimentos negros acreditam que a proclamação da república é um primeiro passo para obter reparações financeiras pelos mais de dois séculos de escravidão, período que moldou as profundas desigualdades vistas no país atualmente.

Fonte: Ansa

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