Mais de trezentas entidades do setor do turismo e governos já assinaram a Declaração de Glasgow para Ação Climática no Turismo, uma iniciativa liderada por duas agências das Nações Unidas.
A Organização Mundial do Turismo (OMT), e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), lançaram a novidade durante a Conferência da ONU sobre Mudança Climática, COP26, que acontece na cidade da Escócia.
Net Zero
Segundo a OMT, a Declaração de Glasgow tem duas metas principais: conseguir que a indústria do turismo corte pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e a longo prazo, zerar as emissões até 2050.
O documento reconhece a necessidade urgente em se ter um plano de ação climática no turismo. Os signatários se comprometem a medir, descarbonizar, regenerar e liberar financiamento, e apresentar, daqui a um ano, um plano concreto de ação.
O documento está disponível online para outras empresas que queiram assinar. O secretário-geral da OMT explicou que “a Declaração de Glasgow é uma ferramenta para ajudar a fechar a lacuna entre boas intenções e ação climática significativa”.
Emissões do setor
Zurab Pololikashvili destacou que o setor precisa de metas mais ambiciosas para garantir ação climática no turismo.
Segundo um relatório da OMT publicado em dezembro de 2019, as emissões de gases dos meios de transportes ligados ao turismo poderão representar 5,3% de todas as emissões até 2030.
O setor emitia 1,5 bilhões de toneladas em 2016 e a expectativa era de aumento de 25% até 2030, atingindo 1,9 bilhões de toneladas de emissões de gases. Mas agora, com a Declaração de Glasgow, a expectativa é de que a tendência seja revertida.
Fonte: ONU News