Ao desembarcar em Brasília, o programa Embarque + Seguro do Governo Federal alcançou a marca de 2.641 passageiros viajando pelo país, em 157 voos, sem apresentar documentos e cartão de embarque. Eles só precisaram da imagem de seus rostos para realizar todos os procedimentos necessários à viagem, do check-in ao acesso à aeronave. A iniciativa consiste no uso do reconhecimento facial biométrico para tornar a jornada dos viajantes mais rápida e segura.
“A pandemia nos impõe desafios, como diminuir o contato humano, a troca de documentos, de papéis. É uma satisfação estarmos reunidos com uma agenda tão positiva, transformadora. Vamos diminuir em 25% o tempo de embarque, o que reduz muito o custo das aeronaves no solo. É mais conectividade e segurança para os nossos aeroportos”, afirmou o secretário-executivo do MInfra, Marcelo Sampaio, durante o lançamento do projeto-piloto em Brasília, ontem (12).
“Realizemos o piloto até setembro e partiremos para a adoção nos demais aeroportos já no final do segundo semestre deste ano”, antecipou. Elaborada pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), em parceria com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, a ferramenta tem solução tecnológica desenvolvida pelo Serpro, empresa de tecnologia da União.
Pioneirismo
O Embarque + Seguro integra a agenda de transformação digital da pasta, ao lado de programas como o Documento Eletrônico de Transportes (DT-e), o Porto Sem Papel e a Carteira de Habilitação Digital.
“Nós temos de fato uma aviação de ponta aqui no Brasil, com as melhores práticas mundiais e, nesse caso, vamos além: estamos sendo pioneiros no mundo inteiro exatamente por inserir uma tecnologia tão alinhada aos nossos tempos e abrir uma infinidade de possibilidades com essa aplicação” afirmou o secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann.
Ele destacou que o Brasil foi o primeiro país do mundo a estabelecer uma ponte aérea biométrica de ponta a ponta, testando o embarque 100% digital simultaneamente em Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), em junho.
Ribeirão Preto
O projeto-piloto do Embarque + Seguro começou em outubro de 2020, em Florianópolis (SC); já passou Salvador (BA), Santos Dumont (RJ), Belo Horizonte (Confins) e Congonhas (SP), até chegar à capital da República, onde é desenvolvido com clientes das companhias Gol e Latam, tendo como fornecedora das interfaces de leitura biométrica a empresa SITA. Hoje (13), será a vez dos passageiros da Voepass experimentarem a solução tecnológica no Aeroporto de Ribeirão Preto (SP), o primeiro regional a receber o Embarque + Seguro.
Novos testes ocorrerão até setembro. O passo seguinte será a modelagem de negócios, porque há um custo de operação. “A premissa é não onerar os passageiros nesse modelo de negócios. Fechada a modelagem, partimos para a implantação. Pretendemos já iniciar, no final do segundo semestre, a operação nos demais aeroportos do país”, reforçou o secretário-executivo do MInfra.
Fonte: Assessoria Especial de Comunicação do Ministério da Infraestrutura
Foto: Ana Paula Aguiar/MInfra