Hoje (19 de julho), a Vila dos Mistérios e o Lupanar serão reabertos para a visitação do público em Pompeia, na Itália. Os dois locais, que estão entre os mais procurados pelos turistas, passaram por uma ampla manutenção nas últimas semanas.

O complexo suburbano da Vila dos Mistérios, com uma vista panorâmica do mar, é conhecido por seus grandes afrescos em honra a Dionísio – nas imagens, o deus grego do vinho é retratado ao lado da esposa Arianna. A área ainda abrigava um local de produção da bebida, datado do século 2 a.C..

Já o Lupanar é uma estrutura de dois andares destinada aos serviços de prostituição da antiga cidade. Decorado com pinturas que mostram cenas eróticas, os desenhos são considerados uma espécie de “catálogo” do que poderia ser feito ali.

Algumas áreas ainda mais restritas do Lupanar, como os depósitos, serão abertas de maneira extraordinária todas as quartas-feiras das 10h às 12h e das 14h às 16h ou durante as aberturas noturnas em dias específicos.

A partir de 26 de julho, serão reabertos mais locais em Pompeia, como as domus da Casa dell’Efebo e a do Sirico.

Já em agosto, está prevista a abertura do termopólio da Reggio V, local descoberto em dezembro do ano passado e que mostra uma espécie de restaurante fast-food de Pompeia.

Vaquinha virtual

Além da reabertura, o Parque Arqueológico de Pompeia lançou sua primeira campanha de crowdfunding, uma espécie de “vaquinha virtual”, para arrecadar fundos para a restauração de um teto com afrescos em uma sala da Villa San Marco.

A captação digital de recursos ocorrerá por meio do software I Raiser, uma ferramenta que permite fazer doações de forma intuitiva.

Para contribuir, é necessário acessar o site oficial, cadastrar os dados pessoais e escolher o valor da doação. O pagamento poderá ser feito por meio de cartões de crédito ou transferência bancária.

“A campanha de crowdfunding inspira-se no princípio da participação do cidadão na proteção e valorização do patrimônio e, por isso, para nós, é muito mais do que uma contribuição econômica. É uma forma de apoiar concretamente a cultura e estabelecer uma relação com o sítio”, afirmou o gerente-geral de Pompeia, Gabriel Zuchtriegel.

Segundo o executivo, “toda contribuição, pequena ou grande, é importante, pois transmite uma mensagem de participação e envolvimento.

Os afrescos são relevantes para o ambiente de uma rampa que conecta o peristilo inferior com o superior da Villa, acrescentada no período neroniano, na última fase de construção antes da erupção de 79 d.C.

Os fragmentos do teto abobadado, que desabou na sequência do terremoto de 1980, estão desde então nos depósitos de Pompeia e precisam de uma restauração. A ideia é reconstruí-los em um painel de cerca de quatro metros.

Devido ao seu estado frágil, os afrescos não poderão ser recolocados no sítio arqueológico depois das obras de restauro, mas serão exibidos no Museu Arqueológico de Stabiar “Libero D’Orsi”, na Reggia di Quisisana, na região da Campânia.

Fonte: Ansa

Foto: Ansa/Cesare Abbate

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