O ano de 2021 foi um dos sete mais quentes já registrados, de acordo com dados coletados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
A agência da ONU divulgou ontem (19 de janeiro) que o aquecimento global e outras tendências climáticas devem continuar a longo prazo, como resultado de índices recorde de calor preso em gases de efeito estufa na atmosfera.
Tendência continuará
Apesar do fenômeno La Ninã 2020-2022 ter resfriado temporariamente as temperaturas médias globais, o ano passado registrou 1.11° C acima dos níveis da era pré-industrial (1850-1900).
Com isso, 2021 foi o sétimo ano consecutivo em que a temperatura global ficou mais de 1°C acima dos níveis pré-industriais.
A OMM utiliza seis bases de dados internacionais para garantir uma análise de temperatura mais completa possível.
A agência explica que desde 1980, cada década tem sido mais quente do que a anterior e a tendência é de que continue sendo assim. Os anos de 2016, 2019 e 2020 foram os três mais quentes já registrados.
Secas
O secretário-geral da OMM declarou que o “aquecimento de longo prazo devido às emissões de gases tem sido muito maior do que a variabilidade ano a ano das temperaturas médias globais causadas por fatores climáticos”.
Petteri Taalas afirmou que “o ano de 2021 será lembrado por temperaturas recorde de 50° C no Canadá, por chuvas excepcionais e por enchentes fatais na Ásia e na Europa, além de secas na África e em partes da América do Sul”.
Impactos negativos
O chefe da OMM lembra que os impactos da mudança climática e de perigos ligados ao clima tiveram “impactos arrasadores na comunidades de todos os continentes”.
A temperatura é apenas um dos indicadores da mudança climática. Outros fatores incluem concentrações de gases de efeito estufa, calor nos oceanos, pH oceânico, nível do mar, volume glacial e extensão do gelo marinho.
A agência da ONU lembra que o Acordo de Paris busca manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C acima dos níveis da era pré-industrial.
Fonte: ONU News