O ato de viajar vem a cada dia sofrendo pressão para ser uma atitude que não agrida o meio ambiente. O conjuntos de empresas que forma a cadeia do turismo tem realizado ações para minorar seus impactos e ajudar na melhoria não só do meio ambiente, mas das comunidades locais. Ter responsabilidade social também pode ser uma atitude individual que permita causar menos impactos e fazer uma viagem de turismo sustentável.

Daniel Cabrera, cofundador e diretor executivo da Vivalá Turismo Sustentável no Brasil, diz que ” Brasil, com a maior biodiversidade do planeta e uma cultura muito rica, tem tudo para ser o maior destino de turismo sustentável do mundo. Para isso, precisamos garantir que os brasileiros sejam os viajantes mais conscientes. São ações muitas vezes simples, mas que fazem toda a diferença para que a experiência seja incrível, não só para quem viaja, mas também para quem recebe e para o planeta”.

Uma das preocupações que surgem com o aumento no número de interessados é impactar positivamente, ou, no mínimo, não trazer impactos negativos para a área visitada e seus moradores. Muito mais do que apenas “jogar o lixo no lixo”, realizar uma viagem de turismo sustentável envolve uma série de ações e responsabilidades que vão desde o planejamento da experiência até o pós-viagem.

Dentre as boas práticas, é fundamental certificar-se de que as comunidades locais estão se beneficiando da atividade turística, bem como evitar o turismo de massa, que gera uma série de efeitos negativos, como a especulação imobiliária, a degradação do meio ambiente e a inflação do custo de vida, principalmente para quem vive no destino.

Confira dez dicas para ser um viajante sustentável

1.Opte por cosméticos e produtos de higiene biodegradáveis e reutilizáveis: busque utilizar maquiagens e produtos veganos e cruelty free, além de pesquisar empresas que tenham preocupações ambientais e sejam engajadas na causa socioambiental. Para além da viagem, utilize cosméticos sustentáveis durante todo o ano e incentive seus familiares e amigos.

2.Confira regras de visitação: viajar para áreas protegidas, como parques, florestas, reservas ou terras indígenas, têm regras próprias, como não faça fogueiras em locais proibidos; não consuma bebidas alcoólicas onde não for permitido; mantenha o volume baixo para não perturbar a fauna ou não marque ou escreva nada nas árvores, pedras, placas ou qualquer bem natural ou do parque.

3.Leve uma sacola de pano para servir de lixo temporário: não deixe nada além das suas pegadas e não leve nada além de boas memórias. Recolha todo o seu lixo e deixe as pedras, conchas, flores e todo o resto no lugar. Caso não leve a sacola, separe um bolso da mochila para descartar os itens.

4 Respeite culturas distintas: respeite todas as crenças, religiões, sexualidades, culturas, idades e todas as características que nos tornam únicos. Não seja ou tenha atitudes racistas, machistas, homofóbicas, criminosas e preconceituosas. A diversidade é o que enriquece a experiência. Viajar é se abrir a novos mundos, novas realidades, conhecer pessoas de culturas diferentes e com ideias e visões de mundo diferentes.

5.Siga as orientações dos guias e da comunidade local: eles conhecem a região melhor do que ninguém e estão preocupados com a sua segurança e bem-estar, por este motivo, siga sempre o que for repassado e não se afaste do grupo. Muitas áreas podem não ter sinal de internet ou telefone, além de terem animais e vegetação diferente do que o turista pode estar acostumado.

TURISMO: Na Amazônia conhecendo comunidades indígenas

6.Mantenha comunicação com a equipe: assédio e preconceitos são inaceitáveis e atitudes criminosas, seja por parte de viajantes, comunitários ou da equipe. Caso sofra ou presencie um caso de assédio, importunação ou preconceito, comunique imediatamente a equipe responsável pela expedição.

7.Seja responsável com registro de imagens: lembre-se, fotos e vídeos são muito bem-vindos, mas é preciso bom senso. Não faça imagens de crianças desacompanhadas, pessoas com corpos expostos, em situações delicadas e constrangedoras ou que não deram consentimento para isso.

8.Não alimente animais sem permissão: animais domésticos costumam ter donos. Se você quiser alimentá-los ou oferecer cuidados, lembre-se de consultar o dono ou, pelo menos, fale com seu guia ou com alguém da comunidade.

9.Pesquise sobre a cultura local: antes de visitar uma comunidade tradicional, como indígena, ribeirinha, quilombola ou caiçara, busque se informar e entender mais sobre a sua cultura, idioma, costumes e crenças. Existem muitos filmes, livros, vídeos, influenciadores e materiais disponíveis sobre a cultura. Respeito é a base para uma viagem verdadeiramente enriquecedora.

10.Pratique o consumo consciente: contrate serviços turísticos de profissionais e empresas comprometidos com as boas práticas de sustentabilidade, que tenham uma relação transparente e justa com seus fornecedores (principalmente pequenos empreendedores comunitários). Evite o consumismo exagerado, compre produtos e incentive as pequenas economias, optando por hospedagens e restaurantes locais, além de adquirir artesanato autêntico e produzido pela própria comunidade e ter vivências turísticas que respeitem e valorizem a cultura regional.

A Vivalá atua no desenvolvimento do turismo sustentável no Brasil, promovendo experiências em 22 unidades de conservação contemplando os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, e trabalha em conjunto com mais de 700 pessoas de populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas, sertanejas e caiçaras.

Com apoio DePropósito Comunicação de Causas

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