Gente. Muita gente. Istambul é fervilhante, principalmente no verão. Além dos seus 16 milhões de habitantes recebe cerca de 20 milhões de turistas por ano; quer dizer que a cada dia 56 mil pessoas entram na cidade. E pisam num local único no mundo, com um pé na Europa e outro na Ásia. Abrigou Constantinopla e a capital do império Bizâncio. Ou seja, a história vem sendo escrita ali desde cerca de 657 antes de Cristo. Então, dá para imaginar algumas ricas heranças arquitetônicas e históricas, e não à toa, sempre se descobre, em escavações, algo por lá.

Chegamos a Istambul vindos de Barcelona num voo da Turkish. Sentamos nas últimas poltronas, aquelas do final do avião, que não reclinam. Tudo bem porque o voo era diurno, cerca de 3h30. Mas da janela de onde estávamos pudemos ver como a bagagem era “tratada”, provavelmente por um funcionário da Turkish. Sim, é como mostram alguns vídeos que assistimos no celular. É jogada mesmo. Ao final do voo, no trecho que fizemos de Istambul a Capadócia pela Turkish vimos o resultado: uma mala destruída. Isso aconteceu dia 18 de julho e até agora, momento que esta matéria está sendo postada, não tivemos uma solução.

İstiklal Caddesi, Istambul, Turquia

İstiklal Caddesi.

Segurança

É perceptível ao chegar a Istambul a preocupação com a segurança. Não só pela posição geopolítica do país, mas pelos ataques terroristas.  O raio x é minucioso, assim como o controle da alfândega, com longas filas. E não é exagero.

Embora o movimento, andar pelas ruas é tranquilo, não se percebe muito policiamento, mas vários edifícios estão protegidos por barreiras e alguns sempre com um carro de polícia.

Polícia de tráfego, Istambul, Turquia

Polícia de tráfego.

Mas a preocupação com a segurança interna é extrema. Você verá isso ao retornar ao aeroporto. Todos os veículos são revistados, inclusive os porta-malas. Ao entrar no aeroporto, também tem que colocar todos os pertences para passar no raio X. E, depois, tudo passa novamente pelo raio X para ir à área de embarque. Detalhe: pessoas sem bilhete de voo não entram nos aeroportos.

Sobre a questão religiosa: se antes em Constantinopla o que prevalecia era o cristianismo, o que se vê agora em Istambul é, para quem não está acostumado, uma quantidade enorme de mesquitas. O Islã é seguido pela maioria da população. Um trabalho da ACN International (Aid to the Church in Need) aponta que 98,39% da população é de muçulmanos e cristãos são 0,21%.

Não é difícil ver uma mesquita próxima à outra, como no caso da icônica Santa Sofia ou Hagia Sophia, antes católica, agora mesquita, por ato do governo em 2020. Está a poucos metros de distância da Mesquita Azul (Sultanahmet Camii). Nos vários momentos de oração, os autofalantes de uma e de outra se alternam. Veja e ouça nesse link.

E os sons das orações vão ser seus companheiros no dia a dia porque em qualquer ponto de Istambul a que se vá, terá uma mesquita. A oração dura uns minutos e as músicas dos bares param, mas não vi ninguém se ajoelhar, por exemplo. Atenção: álcool é proibido próximo às mesquitas – talvez encontre algum restaurante perto da Mesquista Azul que venda. Então, esqueça. Não vai poder tomar seus drinks nas imediações. Mesmo porque não há. Só chá, que eles tomam como no resto do mundo se bebe cerveja.

Além dessas duas mesquitas, tem a que eles chamam de “nova mesquita”, a Yeni Camii, de 1597. Tem 427 anos.

TURISMO: Se encante com os museus de Barcelona

Melhor liras turcas

Bem, não pense que num final de semana você conhece Istambul. São muitos e muito atrativos; roteiro de apenas três dias será insuficiente. Pode conversar com qualquer pessoa que já foi para lá e lhe dirá que, no mínimo, é preciso ficar cinco dias na cidade. Se puder ficar mais, fique, pois tem muita coisa para ver.

Importante: o comércio (inclusive Grande Bazar e Bazar das Especiarsis) aceita dólar, euro e liras só que a conversão não é favorável para quem está pagando, então é melhor fazer o câmbio e pagar em liras turcas. Cartões de crédito são aceitos, mas antes de fazer uma refeição ou compra, é melhor perguntar. E os pagamentos por aproximação com celulares são aceitos em vários lugares, mas consulte antes.  Nada pior que uma discussão em turco: você não vai entender nada. A língua é difícil e poucos falam inglês. Então, é na base do gestual e ver no que dá.

No dia 15 de julho, uma segunda, com US$ 1 se compravam 33 liras turcas; com € 1, 35,50 liras turcas e com £ 1 (libra esterlina), 42,75 liras turcas.

Sempre falo nos meus textos que, para se conhecer uma cidade, é preciso caminhar. E Istambul exige muita caminhada. Sonia e eu nos juntamos a Renata, irmã de Sonia que mora na Turquia há mais de dez anos, e o celular dela tem um aplicativo para contar passos. Na nossa maratona pela cidade alcançamos a marca de 47.490 passos, o que dá 36,1 km.

Hagia Sofia

A Hagia Sofia (Sagrada Sabedoria em tradução) tem que ser visitada. É como ir ao Rio de Janeiro e não ver o Cristo Redentor. Mas não pude entrar: estava de bermuda. Também há restrições para mulheres, claro: braços, cabeças e pernas devem estar cobertos. Uma solução, que não adotei, é comprar uma capa a € 3 no guichê onde se vende ingresso. Na Hagia Sofia permite-se entrar calçado já que a visita é o segundo andar, mas, nas outras mesquitas só se entra descalço com o calçado ficando fora. Mas convenhamos que não é razoável andar em Istambul com calça no verão quando os termômetros passam, fácil, dos 35ºC com umidade do ar muito alta. Não dá para compreender como conseguem viver as mulheres com aquelas burcas (enquanto seus maridos vão ao seu lado com bermudas, camisetas e chinelos).

O que fazer

Tem muita, mas muita coisa para visitar em Istambul. Afinal são mais de 2,6 mil anos de história. Certeza é que o celular vai ficar com muitas fotos.

Não estranhe ao visitar mesquitas, museus ou outros lugares turísticos, se fizerem revista em você, sua mochila e passar por detector de metais. Mas a boa garrafa d’água precisa ser sua melhor companhia. As temperaturas turcas são muito altas no verão.

Outro passeio obrigatório é bater perna na İstiklal Caddesi, a mais famosa rua de pedestres de Istambul. São quase 1,4 km onde o policiamento é mais ostensivo e onde tem todo o tipo de comércio – aliás, não tem espaço vazio, está tudo tomado – lojas, casas de câmbios e restaurantes, incluindo Burger King e McDonald’s. Mas vale mesmo é se aventurar nos restaurantes típicos. No nº 48 tem o Merdo Midye Kokoreç, especializado em mexilhões. Peça o Midye Dolma lanche popular na Turquia. É um marisco na concha recheado com arroz e especiarias. Ele é servido acompanhado de luvas porque é para ser comido com as mãos e, quem gosta, come vários. Sonia aprovou. Principalmente o condimentado.

soslu midye - merdo midye kokoreç

Soslu Midye do Merdo Midye Kokoreç.

Passeando, encante-se com as lojas de doces, dentre elas a Hafiz Mustafa funcionando desde 1864. Tem a Koska também, um pouco mais nova, de 1907, e no nº 88 da İstiklal Caddesi, a Haci Bekir funcionando desde 1777. É de ficar com água na boca.

koska istambul

Os doces da Koska.

Na rua está a Igreja de Santo Antonio de Pádua. Aproveite fiz uma oração. Linda!

As casas de banho turco são tradição na cidade. Na Kuloğlu, Turnacıbaşı Cd, 48 em Beyoğlu, está no mesmo endereço há 570 anos a Ağa Hamamı e está a poucas quadras da İstiklal Caddesi.

E essa é uma característica da cidade: comércios que estão funcionando há muitos anos.

Palácios

Local das decisões do Império Otomano, o Palácio Dolmabahçe é um espetáculo que está numa área de 45 mil m². O edifício tem 14.595 m² com 285 quartos, 44 salões, 68 banheiros e seis banhos turcos. Foi ali que faleceu o fundador da República Turca, Kemal Atatürk. O quarto onde morreu está preservado e um relógio está parado na hora de sua morte: às 9h05 de 10 de novembro de 1938. Se estiver com tempo, pegue um audioguia para aproveitar melhor a visita. Aberto, menos às segundas, a partir as 9h e a bilheteria fecha às 17h30. Fotos e vídeos são proibidos. O palácio mais bonito de Istambul, na minha opinião. Entrada: 1,2 mil liras turcas. Os horários de visitação variam no inverno e no verão.

Palácio Dolmabahçe, Istambul, Turquia

Palácio Dolmabahçe.

Outro palácio que não pode ficar fora da lista é o Palácio de Topkapi, apenas 5 minutos a pé da Hagia Sophia. Só para dar um número: o Topkapi está numa área de 700 mil m². São quatro pátios para visitar, vá preparado para ficar um bom tempo. Levou 18 anos para ser construído (1460-1478) depois que Constantinopla foi conquistada em 1453 pelo sultão Mehmed II, e é uma das marcas do Império Otomano.

A visita é acessível. Fica aberto entre 9h e 17h30 e a entrada custa 1.500 liras turcas. Importante: não jogue o ingresso fora depois de entrar no Palácio porque o tíquete é solicitado para visitar o harém, que fica separado do prédio principal. O Palácio Topkapi recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano.

O que você vai ver é a opulência de como vivia um sultão. O Palácio tem áreas bem divididas para todo tipo de serviço: cozinha, sala de audiência, harém e alas residenciais.

Palácio de Topkapi, Istambul, Turquia

O prédio do harém no Palácio de Topkapi.

Muito além da sua construção e história, o Topkapi tem uma impressionante coleção de peças de porcelana, ouro, vestimentas da época e muitos mais. Aliás, ouro é o que não falta em todos os cômodos.

Dos anos 500, a Yerebatan Saray ou Cisterna Basílica é maravilhosa. Não deixe de visitar. Este reservatório fazia a distribuição de água em Istambul. É preciso descer 45 degraus para chegar a um cenário deslumbrante – e enorme. Ali era possível acumular 100 mil m³ de água, num espaço de 140 metros por 70 metros com 9 metros de altura e 336 colunas. Para quem gosta de fotos instagramáveis, um prato cheio. Deslumbrante.

Yerebatan Saray ou Cisterna Basílica, Istambul, Turquia

Yerebatan Saray ou Cisterna Basílica.

Os fãs de Agatha Christie podem visitar o Pera Palace Hotel, local onde passageiros do trem Oriente Express ficavam hospedados. Tem a história, ou seria lenda, que no quarto 411 a autora escreveu ou teve a ideia de colocar no papel o livro “Assassinato no Expresso do Oriente”. E Agatha não foi o único hóspede célebre desse hotel de quase 130 anos: Ataturk usava o quarto 110, transformado em museu. Se não puder se hospedar, pelo menos tome um café no hotel. Ali, no jardim.

Várias empresas oferecem passeio pelo Bósforo. A indicação é fazer no pôr do sol. É um cenário muito bonito e bom, também, para fotos. O que fizemos custou 150 liras turcas. Entramos no barco às 18h30 e voltamos às 20h05 quando fomos ao Galataport, o Porto Madero deles, espaço que une comércio e gastronomia. Nossa opção foi pelo rooftop (tem muitos) do Zimmer Hotel que tem no seu último andar o Lulu, um lounge bar e restaurante muito bons. A vista é incrível. Impagável ver Istambul e o Bósforo iluminados de cima.

Istambul, Turquia

Mercados

Imperdível e inevitável são dois mercados: o Gran Bazar e o de bazar de especiarias. O Grande Bazar abriu as portas em 1461 (são 563 anos de comércio). São vários corredores, centenas de lojas e outro infinito número de vendedores turcos.

Não é incomum você ouvir a frase pronunciada em inglês “dá uma chance para mim”, como a implorar para você fazer uma compra. Só que ao se arriscar ver um produto mais de perto ou se interessar por ele, aguarde: vai se iniciar uma conversação interminável do lojista tentando vender sua mercadoria. Apelos do tipo “quanto você pode pagar” vai ouvir mais de uma vez. Acho que para eles, se você mostrou o mínimo de interesse, não vai sair da loja sem uma sacola. E a infinidade de produtos atrai mesmo e você vai ter que avaliar muito bem o que caberá na sua mala para não exceder o peso.

Estávamos passando por um corredor do Grande Bazar e Renata viu uma loja de tapetes com uma bandeira do Brasil. Comentou conosco e logo veio um vendedor e pediu para entrar na loja. Só conseguimos sair depois de muito barganhar, com Renata à frente da negociação falando em turco, e o vendedor insistindo dizendo para a Sonia em inglês “quanto pode pagar, faça uma oferta”. Foram feitas mais de três e não teve jeito, compramos um tapete, embalando num tempo recorde. O pacote foi nosso companheiro de viagem até voltarmos ao Brasil.

Erollar Hali, Grande Bazar, Istambul, Turquia

O vendedor feliz por ter feito uma venda.

O mesmo acontece no Bazar das Especiarias, só que, ali, o aroma é inebriante. A mistura dos cheiros das várias ervas, temperos, sementes, chás e outros produtos turcos deixa qualquer um que aprecie uma boa comida com vontade de comprar tudo. Não pode deixar de ser visitado e peça para experimentar os diversos sabores de chás. Claro que compramos alguns.

Bazar das Especiarias, Istambul, Turquia

Bazar das Especiarias.

Como se locomover

Você pode passear em Istambul de ônibus, metrô, ferry (se quiser passar de um continente para outro) e, lógico, táxi. Sobre os táxis, a informação corrente é que não são seguros; se puder evitar, melhor. Nós usamos umas três vezes e não tivemos problemas. Os transportes públicos exigem compra de cartão.

Existem dois funiculares em Istambul. Um deles, a linha Taksim-Kabatas, com um vagão que liga as áreas alta e baixa de Istambul. Em cerca de 2 minutos ele sobe, ou desce, 573 metros e é uma ajuda para evitar uma caminhada ou gastar com táxi. Começou a funcionar em 1875.

Nossa hospedagem

Foi difícil encontrar um hotel para ficar em julho. Alta temporada, os preços estavam estratosféricos. A oferta é grande, mas como Istambul é uma das cidades mais visitadas do mundo, encontrar um hotel com custo-benefício demora. Ficamos no Ferman Pera Hotel, no bairro Beyoğlu, de compras e vários restaurantes e a cerca de 2 minutos a pé da rua Istiklal. E olha, mesmo com a Renata que morou alguns anos em Istambul, foi difícil encontrar o hotel. O Google Maps não ajudou (e como vimos turista com cara de “perdido” e celular na mão em Istambul…).

Ferman Pera Hotel

Ferman Pera Hotel.

O hotel serve para a proposta de um bom hotel para dormir, com boa cama e bom chuveiro e – muito importante – ar-condicionado funcionando. Fica numa construção restaurada que abriu como hotel em 2018 com 38 apartamentos.

Importante

Não é recomendável tomar água da torneira.

Facilita muito a visita a Istambul a aquisição do MuseumPass Türkiye ou Müse Kart. A compra permite entrar em vários museus e sítios arqueológicos que pertencem ao Ministério da Cultura e do Turismo da Turquia (são mais de 350 opções no país), evita fila e custa € 165 (R$ 1 mil) sendo válido por 15 dias.

Se alguém propuser o aluguel de carro em Istambul, esqueça. O trânsito é pesado, caótico, muitas ruas estreitas e encontrar um lugar para estacionar é como achar uma agulha num palheiro.

Apesar de não encontrarmos animosidade, mesmo com a Renata ao nosso lado falando turco, em algumas ocasiões que pedimos informações, os locais não sabiam dar a indicação. Parecia de propósito. Mesmo informações de lugares que sabíamos turísticos. Então, é muito, mas muito mesmo, necessário contratar um guia para aproveitar sem preocupações a bela cidade de Istambul.

O cônsul Pedro Bório que nos ajudou em Barcelona a encontrar a loja Vicenç Piera, indicou duas guias brasileiras:

Claudia Demasi Benbassat é a primeira guia brasileira formada pelo Ministério de Turismo da Turquia. Ela trabalha com tours privados voltados ao interesse e perfil do cliente, fazendo desde a sugestão de hotéis em áreas de fácil acesso, a aluguel de minivan, barco, passagens aéreas, “enfim tudo que envolva turismo”, diz ela.

Nathalia Haas, licenciada pelo Ministério da Cultura Turca, é guia em Istambul, onde está desde 1990. Além do português, fala inglês, alemão, espanhol e turco e tem um guia muito interessante, em pdf com 328 páginas, sobre Istambul com tudo o que você pode imaginar e que foi atualizado agora em agosto.

Sonia Cristina Bittencourt, jornalista, e Jean Luiz Féder, jornalista, associado à Abrajet-PR

Constantinople and Byzantium still live in the incredible Istanbul

People. Lots of people. Istanbul is bustling, especially in the summer. In addition to its 16 million inhabitants, it receives around 20 million tourists per year; that is, 56 thousand people enter the city every day. And they set foot in a unique place in the world, with one foot in Europe and the other in Asia. It was home to Constantinople and the capital of the Byzantine Empire. In other words, history has been written there since around 657 BC. So, you can imagine some rich architectural and historical heritage, and it is no wonder that something is always discovered there during excavations.

escavações arqueológicas em Istambul

Archaeological excavations in Istanbul.

We arrived in Istanbul from Barcelona on a Turkish flight. We sat in the last seats, those at the end of the plane, which do not recline. That was fine because it was a daytime flight, about 3:30 am. But from the window where we were sitting we could see how our luggage was “treated”, probably by a Turkish employee. Yes, it is as shown in some videos we watched on our cell phones. It really is a game. At the end of the flight, on the stretch we took from Istanbul to Cappadocia with Turkish Airlines, we saw the result: a destroyed suitcase. This happened on July 18th and until now, at the time this article is being posted, we have not had a solution.

Security

You can see the concern for security when you arrive in Istanbul. Not only because of the country’s geopolitical position, but also because of the terrorist attacks. The X-ray is thorough, as is the customs control, with long lines. And that is not an exaggeration.

Although the movement, walking through the streets is calm, you do not see many police officers, but several buildings are protected by barriers and some always have a police car.

But the concern for internal security is extreme. You will see this when you return to the airport. All vehicles are searched, including the trunks. When you enter the airport, you also have to put all your belongings through the X-ray. And then, everything goes through the X-ray again to go to the boarding area. Detail: people without a flight ticket are not allowed into the airports.

Regarding the religious issue: if in Constantinople Christianity was the predominant religion, what we see now in Istanbul is, for those who are not used to it, a huge number of mosques. Islam is followed by the majority of the population. A study by ACN International (Aid to the Church in Need) indicates that 98.39% of the population is Muslim and 0.21% is Christian.

It is not difficult to see one mosque next to another, as in the case of the iconic Hagia Sophia, formerly Catholic, now a mosque, by government act in 2020. It is just a few meters away from the Blue Mosque (Sultanahmet Camii). During the various moments of prayer, the speakers of one and the other alternate. Watch and listen to it in this link.

And the sounds of prayers will be your daily companions because wherever you go in Istanbul, there will be a mosque. The prayer lasts a few minutes and the music in the bars stops, but I didn’t see anyone kneeling, for example. Attention: alcohol is prohibited near mosques – maybe you can find a restaurant near the Blue Mosque that sells it. So, forget it. You won’t be able to have your drinks in the vicinity. After all, there is none. Only tea, which they drink like beer in the rest of the world.

In addition to these two mosques, there is what they call the “new mosque”, the Yeni Camii, from 1597. It is 427 years old.

Best Turkish liras

Well, don’t think that in a weekend you can get to know Istanbul. There are many and many attractions; a three-day itinerary will not be enough. You can talk to anyone who has been there and they will tell you that you need to stay in the city for at least five days. If you can stay longer, do so, because there is so much to see.

Important: stores (including the Grand Bazaar and Spice Bazaar) accept dollars, euros and liras, but the conversion rate is not favorable for the person paying, so it is better to exchange and pay in Turkish liras. Credit cards are accepted, but before eating or making a purchase, it is best to ask. Contactless payments with cell phones are accepted in many places, but check first. There is nothing worse than an argument in Turkish: you will not understand anything. The language is difficult and few people speak English. So, you have to use gestures and see what happens.

On July 15, on a Monday, US$1 could buy 33 Turkish liras; €1, 35,50 Turkish liras; and £1 (pound sterling), 42,75 Turkish liras.

I always say in my texts that to get to know a city, you need to walk. And Istanbul requires a lot of walking. Sonia and I joined Sonia’s sister Renata, who has lived in Turkey for over ten years. Her phone has an app to count steps. During our marathon around the city, we reached the milestone of 47,490 steps, which is 36.1 km.

Hagia Sophia

Hagia Sophia (Holy Wisdom in translation) is a must-see. It’s like going to Rio de Janeiro and not seeing Christ the Redeemer. But I couldn’t go in: I was wearing shorts. There are also restrictions for women, of course: arms, heads and legs must be covered. One solution, which I did not adopt, is to buy a raincoat for €3 at the ticket office. You are allowed to enter Hagia Sophia with shoes on, as you visit the second floor, but in the other mosques you can only enter barefoot, with shoes left outside. But let’s face it, it’s not reasonable to walk around Istanbul in pants in the summer when the thermometers easily exceed 35ºC and the humidity is very high. It’s hard to understand how women can live in those burqas (while their husbands walk by their side in shorts, t-shirts and flip-flops).

What to do

There are many, many things to see in Istanbul. After all, it has more than 2,600 years of history. Your cell phone will certainly be full of photos.

Don’t be surprised when visiting mosques, museums or other tourist attractions if they search you, your backpack and you go through a metal detector. But a good bottle of water should be your best companion. Turkish temperatures are very high in the summer.

Midye Merdo Midye Kokoreç

Midye.

Another must-see is to stroll along İstiklal Caddesi, the most famous pedestrian street in Istanbul. It’s almost 1,4 km long, where the police are more visible and where there are all kinds of businesses – in fact, there’s no empty space, everything is taken over – shops, currency exchanges and restaurants, including Burger King and McDonald’s. But it’s really worth venturing into the typical restaurants. At number 48 there’s Merdo Midye Kokoreç, which specializes in mussels. Ask for the Midye Dolma, a popular snack in Turkey. It’s a shellfish in the shell with rice and spices. It’s served with gloves because it’s meant to be eaten with your hands, and those who like it eat several. Sonia approved. Especially the spicy one.

While strolling, be enchanted by the sweet shops, including Hafiz Mustafa, which has been open since 1864 and at 88 İstiklal Caddesi, Haci Bekir has been operating since 1777. It’s mouth-watering.

On the street is the Church of Saint Anthony of Padua. Beautiful!

Turkish baths are a tradition in the city. In Kuloğlu, Turnacıbaşı Cd, 48 in Beyoğlu, Ağa Hamamı has been at the same address for 570 years and is just a few blocks from İstiklal Caddesi.

And this is a characteristic of the city: businesses that have been operating for many years.

Palaces

The site of the Ottoman Empire’s decisions, the Dolmabahçe Palace is a spectacle which is in an area of ​​45 thousand m². The building has 14,595 m² with 285 rooms, 44 lounges, 68 bathrooms and six Turkish baths. It was there that the founder of the Turkish Republic, Kemal Atatürk, died. The room where he died has been preserved and a clock has stopped at the time of his death: 9:05 am on November 10, 1938. If you have time, get an audio guide to make the most of your visit. Open, except on Mondays, from 9am and the ticket office closes at 5:30pm. Photos and videos are prohibited. The most beautiful palace in Istanbul, in my opinion. Entrance fee: 1,200 Turkish liras. Visiting hours vary in winter and summer.

Palácio Dolmabahçe Istambul Turquia

Dolmabahce Palace.

Another palace that cannot be left off the list is the Topkapi Palace, just a 5-minute walk from the Hagia Sophia. Just to give you a number: Topkapi covers an area of ​​700,000 m². There are four courtyards to visit, so be prepared to stay a long time. It took 18 years to build (1460-1478) after Constantinople was conquered in 1453 by Sultan Mehmed II, and is one of the hallmarks of the Ottoman Empire.

Palácio de Topkapi Istambul Turquia

Topkapi Palace.

The visit is affordable. It is open between 9 am and 5:30 pm and the entrance fee is 1,500 Turkish liras. Important: do not throw away the ticket after entering the Palace because the ticket is required to visit the harem, which is separate from the main building. Topkapi Palace receives over 2 million visitors per year.

What you will see is the opulence of how a sultan lived. The Palace has well-divided areas for all types of services: kitchen, audience room, harem and residential wings.

Far beyond its construction and history, Topkapi has an impressive collection of porcelain pieces, gold, period clothing and much more. In fact, there is no shortage of gold in every room.

From the 500s, the Yerebatan Saray or Basilica Cistern is wonderful. Don’t miss it. This reservoir distributed water in Istanbul. You have to go down 45 steps to reach a stunning – and enormous – setting. There was a capacity to store 100,000 m³ of water in a space measuring 140 meters by 70 meters, 9 meters high and with 336 columns. For those who like Instagrammable photos, this is a must-see. Stunning.

Agatha Christie fans can visit the Pera Palace Hotel, where passengers on the Orient Express used to stay. There is a story, or maybe a legend, that in room 411 the author wrote or had the idea of ​​putting the book “Murder on the Orient Express” on paper. And Agatha was not the only famous guest at this almost 130-year-old hotel: Ataturk used room 110, which has been transformed into a museum. If you can’t stay there, at least have a coffee at the hotel. There, in the garden.

Several companies offer tours of the Bosphorus. The recommendation is to do it at sunset. It is a very beautiful setting and also good for taking photos. The one we did cost 150 Turkish liras. We boarded the boat at 6:30 pm and returned at 8:05 pm when we went to Galataport, a space that combines commerce and gastronomy. We chose the rooftop (there are many) of the Zimmer Hotel, which has Lulu on its top floor, a very good lounge bar and restaurant. The view is incredible. Seeing Istanbul and the Bosphorus lit up from above is priceless.

Markets

Two markets are unmissable and unavoidable: the Grand Bazaar and the Spice Bazaar. The Grand Bazaar opened its doors in 1461 (563 years of commerce). There are several aisles, hundreds of stores and an infinite number of Turkish vendors.

It is not uncommon to hear the phrase “give me a chance” pronounced in English, as if begging you to make a purchase. However, when you risk taking a closer look at a product or showing interest in it, wait: an endless conversation will begin with the storekeeper trying to sell his merchandise. Appeals like “how much can you afford?” will be heard more than once. I think that for them, if you showed the slightest interest, you will not leave the store without a bag. And the multitude of products really attracts you and you will have to carefully evaluate what will fit in your suitcase so as not to exceed the weight.

We were walking down an aisle and Renata saw a carpet store with a Brazilian flag. She mentioned it to us and a salesperson immediately came over and asked to come into the store. We only managed to leave after much bargaining, with Renata leading the negotiations speaking in Turkish, and the salesman insisting on telling Sonia in English “how much can you pay, make an offer”. More than three offers were made and there was no way out, we bought a rug, packing it in record time. The package was our travel companion until we returned to Brazil.

The same thing happens at the Spice Bazaar, except that the aroma there is intoxicating. The mix of smells of various herbs, spices, seeds, teas and other Turkish products makes anyone who enjoys good food want to buy everything. You can’t miss it and ask to try the different flavors of teas. Of course we bought some.

Getting around

You can get around Istanbul by bus, subway, ferry (if you want to cross from one continent to another) and, of course, taxi. Regarding taxis, the current information is that they are not safe; if you can avoid them, better. We used them about three times and had no problems. Public transportation requires a card.

There are two funiculars in Istanbul. One of them, the Taksim-Kabatas line, has a single carriage that connects the upper and lower areas of Istanbul. In about 2 minutes, it goes up or down 573 meters and is a great way to avoid walking or spending money on a taxi. It began operating in 1875.

Our accommodation

It was difficult to find a hotel to stay in July. It was high season and prices were sky-high. There is a wide range of options, but since Istanbul is one of the most visited cities in the world, finding a good value for money hotel takes a while. We stayed at the Ferman Pera Hotel, in the Beyoğlu neighborhood, with shopping and several restaurants and about a 2-minute walk from Istiklal Street. And look, even with Renata, who lived in Istanbul for a few years, it was difficult to find the hotel. Google Maps didn’t help (and we saw tourists looking “lost” with their cell phones in their hands in Istanbul…).

The hotel serves the purpose of a good hotel to sleep in, with a good bed and good shower and – very important – working air conditioning. It is located in a restored building that opened as a hotel in 2018 with 38 rooms.

Important

It is not recommended to drink tap water.

Buying the MuseumPass Türkiye or Müse Kart makes your visit to Istanbul much easier. This allows you to enter several museums and archaeological sites that belong to the Turkish Ministry of Culture and Tourism (there are more than 350 options in the country), avoids queues and costs €165 (R$1,000) and is valid for 15 days.

If someone suggests renting a car in Istanbul, forget it. The traffic is heavy, chaotic, many streets are narrow and finding a place to park is like finding a needle in a haystack.

Although we did not encounter any animosity, even with Renata speaking Turkish by our side, on a few occasions when we asked for directions, the locals did not know how to give us directions. It seemed on purpose. Even directions to places we knew were tourist attractions. So, it is very, very necessary to hire a guide to enjoy the beautiful city of Istanbul without any worries.

Consul Pedro Bório, who helped us find the Vicenç Piera store in Barcelona, ​​recommended two Brazilian guides:

Claudia Demasi Benbassat is the first Brazilian guide to be trained by the Turkish Ministry of Tourism. She works with private tours tailored to the client’s interests and profile, from suggesting hotels in easily accessible areas to renting minivans, boats, flights, “in short, everything that involves tourism,” she says.

Nathalia Haas, licensed by the Turkish Ministry of Culture, is a guide in Istanbul, where she has been since 1990. In addition to Portuguese, she speaks English, German, Spanish and Turkish and has a very interesting 328-page PDF guide about Istanbul with everything you can imagine, which was updated in August.

Sonia Cristina Bittencourt, journalista, and Jean Luiz Féder, with photos, journalist associated with Abrajet-PR

Constantinopla y Bizancio aún viven en la increíble Estambul

Gente. Mucha gente. Estambul está repleta de actividad, especialmente en verano. Además de sus 16 millones de habitantes, recibe alrededor de 20 millones de turistas al año; Esto significa que cada día ingresan a la ciudad 56 mil personas. Y pusieron un pie en un lugar único en el mundo, con un pie en Europa y el otro en Asia. Albergó a Constantinopla y la capital del imperio Bizancio. En otras palabras, la historia se escribe allí desde aproximadamente el año 657 a.C. Así, se puede imaginar un rico patrimonio arquitectónico e histórico y, como era de esperar, siempre se descubre algo allí durante las excavaciones.

Llegamos a Estambul desde Barcelona en un vuelo turco. Nos sentamos en los últimos asientos, los que están al final del avión, que no son reclinables. Estuvo bien porque el vuelo era durante el día, alrededor de las 3:30 am. Pero desde la ventana donde estábamos pudimos ver cómo “trataban” el equipaje, probablemente por parte de un empleado turco. Sí, es como lo muestran algunos vídeos que vemos en nuestros móviles. Realmente es un juego. Al final del vuelo, en la ruta que tomamos de Estambul a Capadocia vía Turkish vimos el resultado: una maleta destrozada. Esto sucedió el 18 de julio y hasta ahora, cuando se publica este artículo, no hemos tenido una solución.

Seguridad

Al llegar a Estambul se nota la preocupación por la seguridad. No sólo por la posición geopolítica del país, sino por los ataques terroristas.La radiografía es minuciosa, al igual que el control aduanero, con largas colas. Y no es una exageración.

Aunque el movimiento, al caminar por las calles es tranquilo, no se nota mucha policía, pero varios edificios están protegidos por barreras y algunos siempre tienen un coche de policía.

Pero la preocupación por la seguridad interna es extrema. Verás esto cuando regreses al aeropuerto. Se registran todos los vehículos, incluidos los maleteros. Al entrar al aeropuerto, también tienes que pasar todas tus pertenencias por la radiografía y luego, todo vuelve a pasar por la radiografía para ir a la zona de embarque. Detalle: las personas sin billete de avión no acceden a los aeropuertos.

Respecto a la cuestión religiosa: si antes en Constantinopla lo que imperaba era el cristianismo, lo que vemos ahora en Estambul es, para los que no están acostumbrados, una enorme cantidad de mezquitas. El Islam es seguido por la mayoría de la población. Un trabajo de ACN Internacional (Ayuda a la Iglesia Necesitada) señala que el 98,39% de la población son musulmanes y los cristianos son el 0,21%.

No es difícil ver una mezquita al lado de otra, como es el caso de la icónica Santa Sofía o Hagia Sophia, antiguamente católica y ahora mezquita, por ley gubernamental de 2020. Está a sólo unos metros de la Plaza Azul. Mezquita (Sultanahmet Camii). Durante los distintos momentos de oración, se alternan los oradores de uno y otro. Míralo y escúchalo en este enlace.

Y los sonidos de las oraciones serán tus compañeros a diario porque dondequiera que vayas en Estambul, habrá una mezquita. La oración dura unos minutos y la música en los bares se detiene, pero no vi a nadie arrodillarse, por ejemplo. Tenga en cuenta: el alcohol está prohibido cerca de las mezquitas – quizás encuentres un restaurante cerca de la Mezquita Azul que lo venda. Así que olvídalo. No podrás beber tus bebidas cerca. Incluso porque no lo hay. Sólo té, que beben como el resto del mundo bebe cerveza.

Además de estas dos mezquitas, está la que llaman la “mezquita nueva”, la Yeni Camii, del año 1597. Tiene 427 años.

café da manhã turco

Desayuno turco.

Mejor lira turca

Pues no creas que podrás conocer Estambul en un fin de semana. Hay muchos y muy atractivos; Un itinerario de sólo tres días será insuficiente. Puedes hablar con cualquiera que haya estado allí y te dirán que, al menos, debes permanecer en la ciudad cinco días. Si puedes quedarte más tiempo, quédate, ya que hay mucho que ver.

Importante: las tiendas (incluidos el Gran Bazar y el Bazar das Especiarsis) aceptan dólares, euros y liras, pero la conversión no es favorable para quienes pagan, por lo que es mejor cambiar y pagar en liras turcas. Se aceptan tarjetas de crédito, pero antes de preparar una comida o comprar, es mejor preguntar. Y los pagos sin contacto con teléfonos móviles se aceptan en varios lugares, pero consulta primero. Nada peor que una discusión en turco: no entenderás nada. El idioma es difícil y pocos hablan inglés. Entonces, se basa en gestos y ver qué pasa.

El lunes 15 de julio, con 1 dólar se podían comprar 33.000 liras turcas; con 1€, 35.500 liras turcas y con 1£ (libra británica), 42.750 liras turcas.

Siempre digo en mis textos que, para conocer una ciudad, hay que caminar. Y Estambul requiere caminar mucho. A Sonia y a mí nos acompañó Renata, la hermana de Sonia que vive en Turquía desde hace más de diez años y su móvil tiene una aplicación para contar pasos. En nuestra maratón por la ciudad alcanzamos la marca de 47.490 pasos, lo que equivale a 36,1 km.

Santa Sofía

Debe visitarse Hagia Sofia (Sagrada Sabiduría en traducción). Es como ir a Río de Janeiro y no ver al Cristo Redentor. Pero no pude entrar: llevaba pantalones cortos. Por supuesto, también existen restricciones para las mujeres: los brazos, la cabeza y las piernas deben estar cubiertos. Una solución, que yo no adopté, es comprar una funda por 3€ en taquilla. En Santa Sofía se puede entrar con zapatos ya que la visita es en el segundo piso, pero en el resto de mezquitas sólo se puede entrar descalzo y sin zapatos. Pero seamos realistas, no es razonable pasear por Estambul con pantalones en verano, cuando los termómetros superan fácilmente los 35ºC y la humedad del aire es muy alta. Es imposible entender cómo las mujeres pueden vivir con esas burkas (mientras sus maridos están a su lado en pantalones cortos, camisetas y chanclas).

Que hacer

Hay muchísimas cosas que visitar en Estambul. Al fin y al cabo, hay más de 2.600 años de historia. Es seguro que tu celular tendrá muchas fotos.

No te sorprendas cuando visites mezquitas, museos u otros lugares turísticos si te registran a ti, a tu mochila y pasan por un detector de metales. Pero una buena botella de agua tiene que ser tu mejor compañía. Las temperaturas turcas son muy altas en verano.

Otra visita obligada es pasear por İstiklal Caddesi, la calle peatonal más famosa de Estambul. Son 1,4 kilómetros donde la policía es más visible y donde hay todo tipo de comercios – de hecho, no hay espacios vacíos, todo está ocupado – tiendas, casas de cambio y restaurantes, incluidos Burger King y McDonald’s. Pero vale la pena aventurarse en los restaurantes típicos. En el nº 48 está Merdo Midye Kokoreç, especializado en mejillones. Pida el popular snack Midye Dolma en Türkiye. Es un marisco con concha relleno de arroz y especias. Se sirve con guantes porque está pensado para comer con las manos y, a quien le guste, comerse varios. Sonia aprobó. Principalmente el picante.

Mientras pasea, déjese encantar por las tiendas de dulces, incluida Hafiz Mustafa, que abrió sus puertas en 1864 y en 88 İstiklal Caddesi, Haci Bekir funciona desde 1777. Es delicioso.

En la calle se encuentra la Iglesia de Santo Antonio de Pádua. ¡Hermoso!

Los baños turcos son una tradición en la ciudad. En Kuloğlu, Turnacıbaşı Cd, 48 en Beyoğlu, se encuentra en la misma dirección desde hace 570 años que Ağa Hamamı y está a sólo unas cuadras de İstiklal Caddesi.

Y esta es una característica de la ciudad: negocios que llevan muchos años funcionando.

casa de banho turco em Istambul Ağa Hamamı

Ağa Hamamı.

Palacios

Lugar de decisiones del Imperio Otomano, el Palacio de Dolmabahçe es un espectáculo el cual se ubica en un terreno de 45 mil m². El edificio tiene 14.595 m² con 285 habitaciones, 44 salones, 68 baños y seis baños turcos. Allí murió el fundador de la República Turca, Kemal Atatürk. Se conserva la habitación donde murió y un reloj está parado en el momento de su muerte: las 9:05 horas del 10 de noviembre de 1938. Si tienes tiempo, llévate una audioguía para aprovechar al máximo la visita. Abierto, excepto los lunes, a partir de las 9:00 horas y la taquilla cierra a las 17:30 horas. Están prohibidas las fotos y los vídeos. El palacio más bonito de Estambul, en mi opinión. Precio de la entrada: 1.200 liras turcas. Los horarios de visita varían en invierno y verano.

Otro palacio que no puede quedar fuera de la lista es el Palacio de Topkapi, a sólo 5 minutos a pie de Santa Sofía. Sólo para darle una cifra: Topkapi se encuentra en una superficie de 700 mil m². Hay cuatro patios para visitar, prepárate para quedarte por mucho tiempo. Su construcción tardó 18 años (1460-1478) después de que Constantinopla fuera conquistada en 1453 por el sultán Mehmed II, y es una de las señas de identidad del Imperio Otomano.

Palácio de Topkapi, Istambul, Turquia

Palacio de Topkapi.

La visita es asequible. Está abierto entre las 9:00 y las 17:30 horas y la entrada cuesta 1.500 liras turcas. Importante: no tires tu entrada después de entrar al Palacio porque la entrada es necesaria para visitar el harén, que está separado del edificio principal. El Palacio de Topkapi recibe más de 2 millones de visitantes al año.

Lo que verás es la opulencia de cómo vivía un sultán. El Palacio cuenta con zonas bien divididas para todo tipo de servicios: cocina, sala de audiencias, harén y alas residenciales.

Mucho más allá de su construcción e historia, Topkapi tiene una impresionante colección de porcelana, oro, ropa de época y mucho más. De hecho, no falta oro en todas las habitaciones.

Del siglo XVI, la Yerebatan Saray o Cisterna Basílica es maravillosa. No olvides visitarlo. Este depósito distribuía agua en Estambul. Tienes que bajar 45 escalones para llegar a un paisaje impresionante (y enorme). Allí se lograron acumular 100 mil m³ de agua, en un espacio de 140 metros por 70 metros, 9 metros de alto y con 336 columnas. Para los que les gustan las fotos instagrameables, un plato completo. Deslumbrante.

Los fans de Agatha Christie pueden visitar el Hotel Pera Palace, donde se hospedaron los pasajeros del tren Oriente Express. Se cuenta, o sería leyenda, que en la habitación 411 el autor escribió o tuvo la idea de plasmar en papel el libro “Asesinato en el Orient Express” y Agatha no fue la única invitada famosa a esta casi 130. Hotel de años: Ataturk lució la habitación 110, transformada en museo. Si no puedes quedarte, al menos tómate un café en el hotel que hay allí, en el jardín.

Varias empresas ofrecen recorridos por el Bósforo. La recomendación es hacerlo al atardecer. Es un entorno muy bonito y también bueno para fotografías. Lo que hicimos costó 150 liras turcas. Subimos al barco a las 18.30 y regresamos a las 20.05 cuando nos dirigimos a Galataport, un espacio que combina comercio y gastronomía. Nuestra elección fue en la azotea (hay muchas) del Hotel Zimmer, que tiene en su último piso a Lulu, un muy buen lounge bar y restaurante. La vista es increíble. No tiene precio ver Estambul y el Bósforo iluminados desde arriba.

Mercados

Imperdibles e inevitables son dos mercados: el Gran Bazar y el bazar de las especias. El Gran Bazar abrió sus puertas en 1461 (563 años de comercio). Hay varios pasillos, cientos de tiendas y una infinidad de vendedores turcos.

No es raro que escuches la frase “dame una oportunidad” pronunciada en inglés, como si te rogara que hicieras una compra. Pero cuando te arriesgues a ver de cerca un producto o a interesarte por él, espera: comenzará una conversación interminable con el dueño de la tienda intentando vender su mercancía. Apelaciones como “¿cuánto puedes pagar?” escucharás más de una vez. Creo que para ellos, si muestras el más mínimo interés, no saldrás de la tienda sin una bolsa. Y la multitud de productos realmente te atrae y tendrás que evaluar cuidadosamente qué cabe en tu maleta para no exceder el peso.

Grande Bazar, Istambul, Turquia

Gran Bazar.

Estábamos pasando por un pasillo y Renata vio una tienda de alfombras con una bandera de Brasil. Nos lo mencionó y pronto vino un vendedor y pidió entrar a la tienda. Solo logramos salir después de mucho regateo, con Renata liderando las negociaciones hablando en turco, y el vendedor insistiendo, diciéndole a Sonia en inglés “cuanto puedes pagar, haz una oferta”. Se hicieron más de tres y no hubo manera, compramos una alfombra, empaquetándola en un tiempo récord. El paquete fue nuestro compañero de viaje hasta nuestro regreso a Brasil.

Lo mismo ocurre en el Bazar de las Especias, sólo que allí el aroma es embriagador. La mezcla de olores de diversas hierbas, especias, semillas, tés y otros productos turcos deja a cualquiera que aprecie la buena comida con ganas de comprarlo todo. No te lo puedes perder y pide probar los diferentes sabores de té. Por supuesto que compramos algunos.

Cómo moverse

Puedes moverte por Estambul en autobús, metro, ferry (si quieres ir de un continente a otro) y, por supuesto, taxi. Respecto a los taxis, la información actual es que no son seguros; Si puedes evitarlo, mejor. Lo usamos tres veces y no tuvimos problemas. El transporte público requiere la compra de una tarjeta.

Hay dos funiculares en Estambul. Una de ellas, la línea Taksim-Kabatas, con un único coche que conecta la zona alta y baja de Estambul. En unos 2 minutos sube o baja 573 metros y es una ayuda para no caminar o gastar en taxi. Comenzó a funcionar en 1875.

Nuestro alojamiento

Fue difícil encontrar un hotel para quedarse en julio. En temporada alta, los precios eran estratosféricos. Hay una amplia gama de opciones, pero como Estambul es una de las ciudades más visitadas del mundo, encontrar un hotel con una buena relación calidad-precio lleva tiempo. Nos alojamos en el Hotel Ferman Pera, en el barrio de Beyoğlu, con tiendas y varios restaurantes y a unos 2 minutos a pie de la calle Istiklal. Y mira, incluso con Renata que vivió en Estambul durante algunos años, fue difícil encontrar el hotel. Google Maps no ayudó (y como vimos a un turista con aspecto “perdido” con un móvil en la mano en Estambul…).

El hotel cumple el propósito de ser un buen hotel para dormir, con una buena cama y una buena ducha y, muy importante, aire acondicionado que funcione. Está en un edificio restaurado que abrió como hotel en 2018 con 38 apartamentos.

Importante

No se recomienda beber agua del grifo.

Tu visita a Estambul será mucho más fácil comprando el MuseumPass Türkiye o el Müse Kart. La compra permite el ingreso a varios museos y sitios arqueológicos que pertenecen al Ministerio de Cultura y Turismo de Turquía (hay más de 350 opciones en el país), evita colas y cuesta 165 euros (1.000 reales) y tiene una validez de 15 días.

Si alguien te propone alquilar un coche en Estambul, olvídalo. El tráfico es denso, caótico, muchas calles son estrechas y encontrar un lugar para aparcar es como encontrar una aguja en un pajar.

Aunque no encontramos animosidad, incluso con Renata a nuestro lado hablando turco, en algunas ocasiones cuando pedíamos información, los lugareños no sabían dar direcciones. Parecía intencionado. Incluso información sobre lugares que conocíamos turísticos. Por eso, es muy, muy necesario contratar un guía para disfrutar de la preciosa ciudad de Estambul sin preocupaciones.

El cónsul Pedro Bório, que nos ayudó en Barcelona a encontrar la tienda Vicenç Piera, nos recomendó dos guías brasileños:

Claudia Demasi Benbassat es la primera guía brasileña formada por el Ministerio de Turismo de Turquía. Trabaja con tours privados enfocados al interés y perfil del cliente, que van desde sugerir hoteles en zonas de fácil acceso, hasta alquilar una minivan, un barco, billetes de avión, “en definitiva, todo lo que implica turismo”, afirma.

Nathalia Haas, licenciada por el Ministerio de Cultura turco, es guía en Estambul, donde está desde 1990. Además de portugués, habla inglés, alemán, español y turco y tiene una guía muy interesante, en PDF con 328 páginas. , sobre Estambul con todo lo que puedas imaginar y que se actualizó en agosto.

Sonia Cristina Bittencourt, periodista, y Jean Luiz Féder, con fotos, periodista asociado a Abrajet-PR

Comentários

Leave A Comment