Albânia?!?! Foi com misto de surpresa, estranheza e com certeza alguns pensando “o que ele vai fazer lá?”, que amigos perguntavam sobre minha opção de viagem. Resumindo foram três: 1. história; 2. vários vídeos que vi com imagens de praias e 3. estava a pouco mais de uma hora de voo de Antália, na Turquia.
Existe, também, outra explicação: quando Sonia e eu começamos a planejar a viagem para ir visitar Renata, irmã dela que mora em Antália, na Turquia, decidimos que o voo de cerca de 13 horas entre São Paulo e Istambul era muita coisa. Então, decidimos fatiar a viagem e, quando você toma uma decisão dessas, você vai acrescentando coisas. A primeira parada foi Barcelona, depois seguimos para Istambul (onde encontramos Renata), seguimos para Capadócia e Antália. Aí veio uma dificuldade: para ir a Madri a partir de Antália, teríamos que voltar a Istambul e fazer um voo com conexão. A alternativa foi incluir a Albânia no roteiro (o voo seria de 4 horas até Madri).
E o que que esperava encontrar na Albânia? Os vídeos e matérias sobre turismo no país geraram a expectativa de encontrar belas paisagens. Mas li, também, que o país tem uma das piores economias da Europa, o que me fez imaginar que conforto não estaria no “cardápio” de seis dias no país. Mas a questão histórica aguçava.
A Albânia foi um dos países mais fechados do mundo. O ditador Enver Hoxha que era aliado da URSS e China, rompeu com os dois países e a Albânia se fechou para todo o mundo. Foram cerca de 20 anos de total isolamento, com um governo que reprimia manifestações e vigiava a todos.
Hoxha faleceu em 1985 e, cinco anos depois, a Albânia iniciou um processo de redemocratização e abertura. Lembrando que o Muro de Berlim caiu no dia 9 de novembro de 1989.
Então, são apenas 34 anos de liberdade e volta a uma economia de mercado. Esperava encontrar um país com algumas dificuldades. E poucos turistas.
Me enganei.
Chegamos ao Aeroporto Internacional de Tirana Madre Teresa (sim, descobri que Madre Teresa de Calcutá nasceu na Albânia!) depois de um voo de 1h5 por uma companhia que nunca tinha ouvido falar (Tailwind Airlines, originalmente comprei voo para o trecho com a SunExpress). Voamos num avião velho, um Boeing 737-400). O saguão para imigração estava superlotado. Era final de julho, alta temporada na Europa, e europeus viajavam para aproveitar o Euro na Albânia, onde tudo é bem barato para eles.
Depois de algum tempo, ao chegarmos ao guichê e entregarmos nossos passaportes para nossa surpresa eles foram devolvidos sem um carimbo sequer. Caramba, estou indo para a Albânia, um ex país comunista e não tenho um carimbo de entrada no país no passaporte! Na volta ao Brasil mandei um e-mail para a Embaixada da Albânia em Brasilia perguntando sobre isso, mas não tive retorno.
Eram quase umas 2h30 quando fomos atrás da locadora para pegar nosso carro. Levamos um tempo para localizá-la na noite quente de Tirana: o responsável estava sentado numa cadeira, a locadora não tinha loja no aeroporto. O aluguel foi feito pela Rentcars e se algum dia indicarem a Exer, esqueça. O atendimento foi horrível. Pedi um GPS porque li numa matéria que Google Maps tinha problema no país e o atendente colocou o aparelho no carro e disse que tinha que voltar ao aeroporto. Ficamos perdidos até encontrar o sistema em inglês e adicionar o endereço do hotel. Foi difícil achar o hotel. Rodamos muito tempo e tivemos que apelar, na madrugada, para um motorista de táxi que, gentilmente, nos fez segui-lo até encontrar o hotel. Já eram quase 4h. No total, fizemos 867 km com o carro.
Tirana
Toda aquela impressão de que encontraríamos um país sem muitas condições foi desfeita ao entrarmos no Ebel Boutique Hotel. É, como diz o nome, um hotel boutique, com poucos quartos. São amplos, com todas as comodidades que encontramos em outros hotéis na Europa e com uma cama que “abraçava” a gente, excelente para dormir. Internet boa, chuveiro ótimo e um café da manhã simples, mas com tudo o que é necessário para fazer boa refeição.
O Ebel tem um bar que dá para a rua e serve bons drinks (o bartender chamava-se Claudio). O cardápio é muito bom. Fica aberto 24 horas, mas a cozinha fecha às 21h30.
Após o primeiro café da manhã na Albânia, duas providências super necessárias: encontrar chip para os celulares e fazer câmbio. Na Albânia a moeda é o Lek. Aliás, primeiro tivemos que fazer o câmbio para voltar à Vodafone, ao lado do hotel, e comprar os chips. Antes de viajar, entrei em contato com a Claro e consultei se fazendo roaming internacional incluiria Albânia. Disseram que sim. Mas não, não pegou na Albânia…
A primeira impressão ao andar pelas ruas próximas ao hotel (bem central) é que eu estava totalmente enganado do que iria encontrar. Logo em frente tem um shopping e o movimento nas ruas é intenso, se vê muitos jovens circulando, como também muitos carros e, para surpresa, automóveis novos. Muito Mercedes, Audi, Volvo, Skoda e Ranger Rover circulando.
Aos poucos foi dando para perceber que o país se acostumou rapidamente aos ventos do capitalismo. Em poucos anos.
Caminhamos até a Praça Skanderbeg que homenageia um herói nacional, que tem sua estátua montado num cavalo num dos extremos. São 40 mil m² de espaço livre e dá para imaginar que , ali, o regime comunista deveria fazer grandes manifestações. Integram a Praça o Palácio da Cultura e o Museu Nacional de História da Albânia.
Teleférico
Recomendo o passeio no Hop On Hop Off Tirana – Open Bus Albania, um ônibus turístico que tem duas opções: city tour com cerca de 1 hora de duração (€ 16 por pessoa) ou o que, além do City Tour, vai até o Cable Car e o Bunk’Art 1. Foi o que fizemos, a € 20 por pessoa.
No city tour passamos pela Universidade de Música e Belas Artes, o estádio de futebol, por um restaurante giratório e, a certa altura, a guia informa que estávamos entrando numa região em que, ao tempo da ditadura Enver Hoxha, era somente acessível a pessoas da elite. Era a parte onde ficavam as Embaixadas e a residência de Enver, que dominou o país de outubro de 1941 a abril de 1985, por 43 anos.
O Dajti Ekspres Cable Car é uma viagem de 15 minutos e 4,7 km para chegar a 1.613 metros acima do mar e encontrar uma bela vista de Tirana. Ali, no Parque Nacional da Montanha Dajti tem restaurante, um hotel, minigolfe e um parque de aventuras com atrações separadas para 5 a 7, 8 a 15 e acima de 16 anos. Detalhe importante: não jogue o tíquete de entrada fora ao chegar lá em cima (1 mil lekes albaneses) porque você vai precisar dele para pegar o teleférico na volta.
5 andares abaixo da terra
Na volta, a menos de 5 minutos a pé visite o impressionante e maluco Bunk’Art 1. Paranoico, Enver Hoxha delirava que a Albânia poderia ser invadida ou alvo de ataque nuclear e, por isso, mandou construir e espalhar pelo país algo que se calcula em 170 mil bunkers para proteger a população. Muito dinheiro deve ter sido gasto para “proteger” o país e não é difícil passear pela Albânia e ver essas construções.
A mais megalomaníaca é o Bunk’Art 1, o maior deles e que, provavelmente, seria para abrigar quem seria próximo do poder. Construído na década de 1970, hoje é local de visitação que mostra até que ponto ditadores podem realizar seus caprichos.
São 3 mil m², cinco andares subterrâneos e 300 quartos. Tudo sem janelas. O local é de deixar boquiaberto. São corredores e mais corredores, cubículos e mais cubículos que não dá para imaginar como alguém poderia sobreviver ali por muito tempo. Tem objetos originais. O quarto que seria destinado a Enver, local para a assembleia popular se reunir, salas de aula. Uma cidade subterrânea que, tenho certeza, impacta a todos que a conhecem, por ser assustador e fazer pensar até onde a insanidade de um ser humano é capaz e o que é que podemos esperar desse mundo. O bunker é sufocante e cheira a mofo.
Aberto todos os dias das 9h30 às 18h. Entrada: 500 lekes albaneses.
Tem um outro bunker, menor, também aberto à visitação perto da Praça Skanderbeg.
Num dos dias pegamos o carro e fomos à praia de Durrës, a pouco mais de 40 km de Tirana. É um percurso curto, mas a rodovia que leva até lá, a SH2, é super movimentada. Mesmo às 9h foi difícil sair de Tirana e a volta também não foi fácil.
A praia fica no Mar Adriático e é pública, mas uma cadeira custa € 7. Era um domingo e estava lotada. A infraestrutura é boa, com vários hotéis e restaurantes à beira mar. É a cidade mais antiga da Albânia fundada por gregos em 627 a.C com o nome de Epidamno e tem cerca de 205 mil habitantes.
Fizemos aperitivos no Restorant Zanzi que fica colado à praia.
Centro de tortura
Durante o city tour, a guia apontou para uma casa e disse que ali era onde se praticavam torturas durante o período do governo comunista. Eu quis conhecer, mas Sonia e Renata preferiram me esperar num café.
A House of Leaves National Museum of Secret Surveillance (Museu da Vigilância Secreta) é outra aberração de quão longe pode chegar a maldade do ser humano. E é muito bom que o governo da Albânia tenha preservado os bunkers e essa Casa que são exemplos vivos do que se deve ser evitado a todo custo: a retirada da liberdade das pessoas.
Na fachada é uma casa normal, mas é só entrar para sentir um soco no estômago ao percorrer seus dois andares e salas. No jardim, na frente, tem uma abertura no chão que, ao descer, vai dar num corredor e você chega aonde deve ter sido uma solitária ou algo parecido. Insalubre, sem luz. Inacreditável como uma pessoa poderia passar alguns dias ali.
Outro local que vale para reflexões.
Aberto todos os dias das 9h às 19h com ingresso a 700 lekes albaneses.
Restaurantes
Opa Street Food – Na Rruga e Barrikadave, 682. Restaurante de rua, aberto todos os dias das 7h à meia-noite. Saladas, wraps, bowls, hamburgers e pitas.
Mon Cheri Coffee Shop – Tem várias unidades espalhadas pela cidade. É local para tomar um café e fazer um lanche.
Restaurant Piano Bar Piazza – Na Praça Muzeut Kombetar. Cardápio internacional e restaurante que faz lembrar cenários de filmes de encontros de agentes secretos.
Um passeio que não fizemos, mas deve ser muito interessante, é visitar a Venice Art Mask Factory que fica em Shkodër, 100 km ao Norte de Tirana. É nesse estúdio que se fabricam as máscaras do carnaval de Veneza
Vlorë
Cidade portuária, na costa do Mar Adriático, Vlorë tem uma avenida beira-mar, de dar inveja a muita cidade brasileira.
Foi nossa parada de uma noite a caminho de Ksamil e está a 160 km da capital do país. Estrada asfaltada, mas sem acostamento.
Outra cidade histórica, esta do século VI a.C que tem hoje em torno de 80 mil habitantes. Tem muitas praias – a cor da água é espetacular – e hotéis.
Nos hospedamos no Hotel Central que, apesar do nome, fica distante do centro e das praias. Hotel muito bom.
A Lungomare, a avenida beira-mar, é uma boa dica para ficar hospedado por ter vários restaurantes e estar próxima ao mar e ter um pôr-do-sol maravilhoso. Tem vários bares e restaurantes pé de areia, um deles o Yatch Beach Bar & Pizzeria, excelente para um drink no final de tarde.
Três indicações de restaurante: El Mar Restorant & Piceri, Festo Shqipe e Sea & Sand todos com frutos do mar.
Se puder, pode programar dois dias em Vlorë que oferece diversos passeios.
Ksamil
A 130 km de Vlorë, para chegar a Ksamil vai enfrentar uma rodovia com mais curvas que já dirigi. As retas, pequenas, são apenas para ligar uma curva a outra. Apesar de ser um trajeto pequeno, levamos cerca de 3 horas para chegar ao Hotel Luxury, outro hotel da Albânia que nos surpreendeu favoravelmente, com um atendimento impecável e quartos confortáveis.
E, antes de chegar à cidade, vale uma parada num ponto panorâmico ver o que te espera. Mar azul de encher os olhos.
Ksamil não chegar a ter 3 mil habitantes e para ir à praia você vai ter que escolher um beach club. Praticamente todo o Litoral só se tem acesso ao mar pelos beach clubs. Então, como a cidade é pequena, se estiver de carro vai ser difícil estacionar, mas como estamos falando de turismo, sempre vai ter um terreno vazio onde será cobrado estacionamento. No nosso caso, foi cobrado 500 lekes albaneses (R$ 30). E, no beach club, cadeira para duas pessoas com guarda-sol sai a € 30. Dica: chegue cedo para garantir um bom lugar.
O Lori Beach Bar é um desses locais que une praia reservada com restaurante e bar.
Na cidade, antes de fazer qualquer compra com cartão, pergunte para ver se ele passa. Normalmente os pagamentos são em lek albanês ou euros.
Como todo Litoral da Albânia, as águas do Mar Adriático e Jônico oferecem aos turistas águas de um azul inigualável e areias brancas. E o balneário tem uma peculiaridade: restaurantes-bares-piscinas. São espaços mistos com restaurante e bar e piscina para os frequentadores, como o Veranda By Apollonia, aberto todos os dias das 8h à meia-noite. É lugar de agito e música alta para dançar e entreter, mas o restaurante é muito bom. Tem piscina, mas é à beira-mar e do terraço dá para ver o Mar Jônico e as ilhas de Ksamil.
Tanto em Vlorë quanto em Ksamil, ficamos apenas uma noite – a nossa viagem já estava chegando a quase 30 dias – e foi uma pena porque as duas cidades, com suas águas límpidas e azuis, querem segurar a gente para aproveitar.
Voltamos a Tirana para uma noite e pegar voo para Madri e tivemos uma experiência desagradável. Reservamos hospedagem no VH Eurostar Tirana Hotel, como opção para conhecer outro. Fizemos o check-in e quando fui pegar as malas para ir ao elevador informaram que os apartamentos eram em outro hotel da rede, mas do outro lado da rua, o VH Premier As Tirana Hotel. Ok, vamos lá. Mas ao chegarmos, o quarto era inabitável, tanto o nosso quanto o da Renata. Voltei à recepção (nesse hotel não tinha) e reclamei. Fizeram a troca só do nosso, para um apartamento em melhores condições. Vai a dica: em Tirana, prefira o Ebel Boutique Hotel, muito mais hotel e com melhor localização, do que os da rede Via Hotels. E mais: até o restaurante deixou a desejar e preferimos ir comer fora.
Se quer programar uma viagem diferente, pode colocar a Albânia na lista. História (para quem gosta) e praias lindas e relaxantes são o cardápio desse país que está, aos poucos, sendo descoberto, principalmente pelos europeus.
Sonia Cristina Bittencourt, jornalista, e Jean Luiz Féder, com fotos, jornalista associado a Abrajet-PR (Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – Paraná)
Albania, the closed country that opens its stories and the blue waters of the Adriatic Sea
Albania?!?! It was with a mix of surprise, strangeness and certainly some people thinking “what is he going to do there?” that friends asked about my choice of trip. In short, there were three: 1. history; 2. several videos I saw with images of beaches and 3. it was just over an hour’s flight from Antalya, Turkey.
There is also another explanation: when Sonia and I started planning the trip to visit Renata, her sister who lives in Antalya, Turkey, we decided that the 13-hour flight between São Paulo and Istanbul was too much. So we decided to divide the trip into sections, and when you make a decision like that, you start adding things. The first stop was Barcelona, then we went to Istanbul (where we met Renata), then on to Cappadocia and Antalya. Then we ran into a problem: to go to Madrid from Antalya, we would have to go back to Istanbul and take a connecting flight. The alternative was to include Albania in the itinerary (the flight to Madrid would be 4 hours long).
And what did I expect to find in Albania? The videos and articles about tourism in the country raised the expectation of finding beautiful landscapes. But I also read that the country has one of the worst economies in Europe, which made me wonder if comfort would be on the “menu” for six days in the country. But the historical aspect was more intriguing.
Albania was one of the most closed countries in the world. The dictator Enver Hoxha, who was an ally of the USSR and China, broke with both countries and Albania closed itself off from the rest of the world. It was almost 20 years of total isolation, with a government that repressed protests and monitored everyone.
Hoxha died in 1985, and five years later, Albania began a process of redemocratization and openness. Remembering that the Berlin Wall fell on November 9, 1989.
So, it’s only been 34 years of freedom and a return to a market economy. I expected to find a country with some difficulties. And few tourists.
I was wrong.
We arrived at Tirana Mother Teresa International Airport (yes, I found out that Mother Teresa of Calcutta was born in Albania!) after a 1h5 flight with a company I had never heard of (Tailwind Airlines, I originally booked a flight for this leg with SunExpress). We flew on an old plane, a Boeing 737-400). The immigration hall was overcrowded. It was the end of July, high season in Europe, and Europeans were traveling to take advantage of the Euro in Albania, where everything is very cheap for them.
After some time, when we arrived at the counter and handed over our passports, to our surprise, they were returned without a single stamp. Damn, I’m going to Albania, a former communist country, and I don’t have an entry stamp in my passport! When I got back to Brazil, I sent an email to the Albanian Embassy in Brasilia asking about this, but I didn’t get a response.
It was almost 2:30 a.m. when we went to the rental company to pick up our car. It took us a while to find it on the hot Tirana night: the person in charge was sitting on a chair, and the rental company didn’t have a store at the airport. We rented the car through Rentcars, and if they ever recommend Exer, forget it. The service was horrible. I asked for a GPS because I read in an article that Google Maps had problems in the country, and the attendant put the device in the car and said we had to go back to the airport. We got lost until we found the system in English and added the hotel’s address. It was hard to find the hotel. We drove around for a long time and had to call a taxi driver in the early hours of the morning, who kindly made us follow him until we found the hotel. It was almost 4 a.m. In total, we drove 867 km in the car.
Tirana
The impression that we would find a country without many amenities was dispelled when we entered the Ebel Boutique Hotel. It is, as the name suggests, a boutique hotel, with few rooms. They are spacious, with all the amenities that we find in other hotels in Europe and with a bed that “hugged” us, excellent for sleeping. Good internet, great shower and a simple breakfast, but with everything you need to have a good meal.
Ebel has a bar that overlooks the street and serves good drinks (the bartender’s name was Claudio). The menu is very good. It’s open 24 hours, but the kitchen closes at 9:30 p.m.
After our first breakfast in Albania, we had to do two things: find a SIM card for our cell phones and exchange money. The currency in Albania is the Lek. In fact, we first had to exchange money to go back to Vodafone, next to the hotel, and buy the SIM cards. Before traveling, I contacted Claro and asked if international roaming would include Albania. They said it would. But no, it didn’t work in Albania…
My first impression when walking through the streets near the hotel (very central) was that I was completely wrong about what I was going to find. Right in front of it there is a shopping mall and the streets are very busy, you can see a lot of young people walking around, as well as a lot of cars and, surprisingly, new cars. Lots of Mercedes, Audis, Volvos, Skodas and Ranger Rovers driving around.
Little by little it became clear that the country had quickly become accustomed to the winds of capitalism. In just a few years.
We walked to Skanderbeg Square, which pays homage to a national hero, whose statue is mounted on a horse at one end. It is 40 thousand m² of open space and you can imagine that the communist regime would have held large demonstrations there. The square is home to the Palace of Culture and the National Museum of History of Albania.
Cable Car
I recommend the Hop On Hop Off Tirana – Open Bus Albania tour, a tourist bus that has two options: a city tour lasting about 1 hour (€16 per person) or the one that, in addition to the City Tour, goes to the Cable Car and Bunk’Art 1. That’s what we did, for €20 per person.
On the city tour we passed by the University of Music and Fine Arts, the football stadium, a revolving restaurant and, at one point, the guide informed us that we were entering an area that, at the time of Enver Hoxha’s dictatorship, was only accessible to the elite. It was the part where the Embassies and the residence of Enver were located, who ruled the country from October 1941 to April 1985, for 43 years.
The Dajti Ekspres Cable Car is a 15-minute, 4.7 km ride to reach 1,613 meters above sea level and enjoy a beautiful view of Tirana. There, in the Dajti Mountain National Park, there is a restaurant, a hotel, mini golf and an adventure park with separate attractions for ages 5 to 7, 8 to 15 and over 16. Important detail: don’t throw away the entrance ticket when you get up there (1,000 Albanian lekes) because you will need it to take the cable car back.
5 floors below ground
On the way back, less than 5 minutes away on foot, visit the impressive and crazy Bunk’Art 1. Paranoid, Enver Hoxha was delirious that Albania could be invaded or targeted by a nuclear attack and, therefore, ordered the construction and distribution of an estimated 170,000 bunkers throughout the country to protect the population. A lot of money must have been spent to “protect” the country and it is not difficult to walk around Albania and see these constructions.
The most megalomaniacal is Bunk’Art 1, the largest of them all and which was probably intended to house those close to power. Built in the 1970s, it is now a place for visitors to visit that shows the extent to which dictators can carry out their whims.
It has 3,000 m², five underground floors and 300 rooms. All without windows. The place is jaw-dropping. There are corridors and more corridors, cubicles and more cubicles, and it is hard to imagine how anyone could survive there for long. There are original objects. The room that was supposed to be for Enver, a place for the popular assembly to meet, and classrooms. An underground city that, I am sure, impacts everyone who knows it, because it is frightening and makes you think about the extent of a human being’s insanity and what we can expect from this world. The bunker is suffocating and smells of mold.
Open every day from 9:30 am to 6 pm. Entrance fee: 500 Albanian lekes.
There is another, smaller bunker, also open to visitors near Skanderbeg Square.
One day we took the car and went to Durrës beach, just over 40 km from Tirana. It is a short drive, but the highway that leads there, SH2, is very busy. Even at 9 am it was difficult to leave Tirana and the return was not easy either.
The beach is on the Adriatic Sea and is public, but a chair costs €7. It was a Sunday and it was crowded. The infrastructure is good, with several hotels and restaurants by the sea. It is the oldest city in Albania, founded by Greeks in 627 BC under the name of Epidamno and has about 205 thousand inhabitants.
We had a snack at Restorant Zanzi, which is right next to the beach.
Torture Center
During the city tour, the guide pointed to a house and said that it was where torture was practiced during the communist government. I wanted to visit it, but Sonia and Renata preferred to wait for me in a café.
The House of Leaves National Museum of Secret Surveillance is another aberration of how far human evil can go. And it is very good that the Albanian government has preserved the bunkers and this House, which are living examples of what should be avoided at all costs: the taking away of people’s freedom.
On the outside, it is a normal house, but as soon as you enter, you feel a punch in the stomach as you walk through its two floors and its rooms.
From the outside, it looks like a normal house, but as soon as you enter, you feel a punch in the stomach as you walk through its two floors and rooms. In the garden, in front, there is an opening in the floor that, when you go down, leads to a corridor and you arrive at what must have been a solitary confinement cell or something similar. Unhealthy, without light. Unbelievable how a person could spend a few days there. Another place worth reflecting on.
Open every day from 9 am to 7 pm with admission at 700 Albanian leke.
Restaurants
Opa Street Food – At Rruga e Barrikadave, 682. A street restaurant, open every day from 7am to midnight. Salads, wraps, bowls, burgers and pitas.
Mon Cheri Coffee Shop – There are several locations throughout the city. This is a great place to have a coffee and a snack.
Restaurant Piano Bar Piazza – In Muzeut Kombetar Square. International menu and restaurant that reminds us of movie scenes where secret agents meet.
A tour we didn’t do, but it must be very interesting, is to visit the Venice Art Mask Factory, located in Shkodër, 100 km north of Tirana. This is the studio where the carnival masks are made. Venice
Vlorë
A port city on the coast On the Adriatic Sea, Vlorë has a seafront promenade that would make many Brazilian cities jealous.
It was our overnight stop on the way to Ksamil and is 160 km from the country’s capital. The road is paved, but without a shoulder.
Another historic city, this one dates back to the 6th century BC and today has around 80,000 inhabitants. It has many beaches – the color of the water is spectacular – and hotels.
We stayed at the Hotel Central, which despite its name, is far from the center and the beaches. A very good hotel.
Lungomare, the seafront promenade, is a good place to stay because it has several restaurants and is close to the sea and has a wonderful sunset. There are several bars and restaurants on the sand, one of which is the Yatch Beach Bar & Pizzeria, excellent for a drink in the late afternoon.
Three restaurant recommendations: El Mar Restorant & Piceri, Festo Shqipe and Sea & Sand, all with seafood.
If you can, you can plan two days in Vlorë, which offers several tours.
Ksamil
130 km from Vlorë, to get to Ksamil you will have to face a highway with the most curves I have ever driven. The straights, small, are just to connect one curve to the next. Despite being a short distance, it took us about 3 hours to get to the Hotel Luxury, another hotel in Albania that pleasantly surprised us, with impeccable service and comfortable rooms.
And before you get to the city, it’s worth stopping at a panoramic spot to see what awaits you. The sea is so blue that it fills your eyes.
Ksamil doesn’t have 3,000 inhabitants, so to go to the beach you’ll have to choose a beach club. Almost the entire coastline only has access to the sea through beach clubs. So, since the city is small, if you’re driving, it will be difficult to park, but since we’re talking about tourism, there will always be an empty lot where you’ll have to pay for parking. In our case, we were charged 500 Albanian lekes (US$6). And at the beach club, a chair for two people with an umbrella costs €30. Tip: arrive early to guarantee a good spot.
Lori Beach Bar is one of those places that combines a private beach with a restaurant and bar.
In the city, before making any purchase with a card, ask to see if it accepts it. Payments are usually made in Albanian lek or euros.
Like the entire coast of Albania, the waters of the Adriatic and Ionian Seas offer tourists unparalleled blue waters and white sands. And the resort has a peculiarity: restaurants-bars-pools. These are mixed spaces with a restaurant, bar and pool for visitors, such as Veranda By Apollonia, open every day from 8 am to midnight. It is a lively place with loud music for dancing and entertainment, but the restaurant is very good. There is a pool, but it is by the sea and from the terrace you can see the Ionian Sea and the islands of Ksamil.
In both Vlorë and Ksamil, we only stayed one night – our trip was already almost 30 days long – and it was a shame because both cities, with their clear, blue waters, want to hold us back from enjoying them.
We returned to Tirana for one night before catching a flight to Madrid and had an unpleasant experience. We booked accommodation at the VH Eurostar Tirana Hotel, as an option to visit another hotel. We checked in and when I went to get our bags to go to the elevator, they informed us that the apartments were in another hotel in the chain, but across the street, the VH Premier As Tirana Hotel. Ok, let’s go. But when we arrived, the room was uninhabitable, both ours and Renata’s. I went back to the reception (there were none at this hotel) and complained. They only exchanged ours for an apartment in better condition. Here’s a tip: in Tirana, choose the Ebel Boutique Hotel, much more of a hotel and in a better location, than the ones in the Via Hotels chain. What’s more, even the restaurant left something to be desired and we preferred to eat out.
If you want to plan a different trip, you can put Albania on your list. History (for those who like it) and beautiful, relaxing beaches are the menu of this country that is slowly being discovered, especially by Europeans.
Sonia Cristina Bittencourt, journalist, and Jean Luiz Féder, with photos, journalist associated with Abrajet-PR (Brazilian Association of Tourism Journalists – Paraná)
Albania, el país cerrado que abre sus historias y las aguas azules del mar Adriático
Albania?!?! Fue con una mezcla de sorpresa, extrañeza y seguramente algunos pensando “¿qué va a hacer allí?”, que mis amigos me preguntaron sobre mi opción para el viaje. En resumen, eran tres: 1. historia; 2. varios videos que vi con imágenes de playas y 3. estaba a poco más de una hora de vuelo desde Antalya, Turquía.
También hay otra explicación: cuando Sonia y yo empezamos a planificar el viaje para visitar a Renata, su hermana que vive en Antalya, Turquía, decidimos que el vuelo de unas 13 horas entre São Paulo y Estambul era demasiado. Entonces decidimos dividir el viaje y, cuando tomas una decisión así, vas sumando cosas. La primera parada fue Barcelona, luego fuimos a Estambul (donde conocimos a Renata), fuimos a Capadocia y Antalya. Entonces surgió una dificultad: para ir a Madrid desde Antalya, tendríamos que regresar a Estambul y tomar un vuelo de conexión. La alternativa era incluir Albania en el itinerario (el vuelo sería de 4 horas hasta Madrid).
¿Y qué esperabas encontrar en Albania? Videos y artículos sobre turismo en el país generaron la expectativa de encontrar hermosos paisajes. Pero también leí que el país tiene una de las peores economías de Europa, lo que me hizo preguntarme qué comodidad estaría en el “menú” durante seis días en el país. Pero la cuestión histórica se agudizó.
Albania era uno de los países más cerrados del mundo. El dictador Enver Hoxha, que era aliado de la URSS y China, rompió con ambos países y Albania se cerró al mundo entero. Fueron alrededor de 20 años de aislamiento total, con un gobierno que reprimió las manifestaciones y monitoreó a todos.
Hoxha murió en 1985, y cinco años después, Albania inició un proceso de democratización y apertura. Recordando que el Muro de Berlín cayó el 9 de noviembre de 1989.
Entonces, son sólo 34 años de libertad y de regreso a una economía de mercado. Esperaba encontrar un país con algunas dificultades. Y pocos turistas.
Me equivoqué.
Llegamos al Aeropuerto Internacional Madre Teresa de Tirana (sí, ¡descubrí que la Madre Teresa de Calcuta nació en Albania!) después de un vuelo de 1h5 con una compañía de la que nunca había oído hablar (Tailwind Airlines, originalmente compré un vuelo para el tramo con SunExpress ). Volamos en un avión viejo, un Boeing 737-400). La sala de inmigración estaba abarrotada. Era finales de julio, temporada alta en Europa, y los europeos viajaban para disfrutar de la Eurocopa en Albania, donde todo les resulta muy barato.
Después de un tiempo, cuando llegamos al mostrador y entregamos nuestros pasaportes, para nuestra sorpresa, nos los devolvieron sin siquiera un sello. ¡Joder, me voy a Albania, un antiguo país comunista y no tengo un sello de entrada al país en mi pasaporte! Al regresar a Brasil, envié un correo electrónico a la Embajada de Albania en Brasilia preguntando sobre esto, pero no recibí respuesta.
Eran casi las 2:30 am cuando fuimos a la oficina de alquiler a recoger nuestro auto. Nos llevó un rato localizarlo en la calurosa noche de Tirana: el responsable estaba sentado en una silla, la empresa de alquiler no tenía tienda en el aeropuerto. El alquiler lo realizó Rentcars y si alguna vez recomiendan Exer, olvídalo. El servicio fue horrible. Pedí un GPS porque leí en un artículo que Google Maps tenía un problema en el país y el encargado puso el dispositivo en el auto y me dijo que tenía que regresar al aeropuerto. Estábamos perdidos hasta que encontramos el sistema en inglés y agregamos la dirección del hotel. Fue difícil encontrar el hotel. Condujimos durante mucho tiempo y tuvimos que llamar a un taxista a primera hora de la mañana, quien amablemente nos hizo seguirlo hasta encontrar el hotel. Eran casi las cuatro de la madrugada. En total hicimos 867 km con el coche.
Tirana
Toda esa impresión de que nos encontraríamos con un país sin muchas condiciones se disipó cuando ingresamos al Ebel Boutique Hotel. Es, como su nombre indica, un hotel boutique, de pocas habitaciones. Son espaciosos, con todas las comodidades que encontramos en otros hoteles de Europa y con una cama que nos “abraza” excelente para dormir. Buen internet, buena ducha y un desayuno sencillo, pero con todo lo necesario para comer bien.
Ebel tiene un bar que da a la calle y sirve buenos tragos (el barman se llamaba Claudio). El menú es muy bueno. Está abierto las 24 horas, pero la cocina cierra a las 21:30 horas.
Después del primer desayuno en Albania, se dieron dos pasos muy necesarios: buscar un chip para nuestros móviles y cambiar moneda. En Albania la moneda es el Lek. De hecho, primero tuvimos que cambiar dinero para volver a Vodafone, al lado del hotel, y comprar los chips. Antes de viajar, me comuniqué con Claro y pregunté si el roaming internacional incluiría a Albania. Dijeron que sí. Pero no, no tuvo éxito en Albania…
La primera impresión al caminar por las calles cercanas al hotel (muy céntrico) fue que estaba completamente equivocado sobre lo que me iba a encontrar. Justo enfrente hay un centro comercial y el movimiento en las calles es intenso, se ve mucha gente joven paseando, además de muchos coches y, sorprendentemente, coches nuevos. Circulan muchos Mercedes, Audi, Volvo, Skoda y Ranger Rover.
Poco a poco quedó claro que el país rápidamente se acostumbró a los vientos del capitalismo. En unos años.
Caminamos hasta la plaza Skanderbeg, que rinde homenaje a un héroe nacional, cuya estatua se encuentra sobre un caballo en un extremo. Hay 40.000 m² de espacio libre y se puede imaginar que el régimen comunista celebraría allí grandes manifestaciones. La plaza incluye el Palacio de la Cultura y el Museo Nacional de Historia de Albania.
Teleférico
Recomiendo el tour Hop On Hop Off Tirana – Open Bus Albania, un autobús turístico que tiene dos opciones: un city tour de alrededor de 1 hora (16€ por persona) o uno que, además del City Tour, va al Cable Coche y Litera’Art 1. Eso hicimos nosotros, a 20€ por persona.
En el recorrido por la ciudad pasamos por la Universidad de Música y Bellas Artes, el estadio de fútbol, un restaurante giratorio y, en cierto momento, el guía nos informó que estábamos entrando en una región donde, en la época de la dictadura de Enver Hoxha, sólo era accesible a la gente de la élite. Era la parte donde se ubicaban las Embajadas y la residencia de Enver, quien dominó el país desde octubre de 1941 hasta abril de 1985, durante 43 años.
El teleférico Dajti Ekspres está a 15 minutos y 4,7 km para llegar a 1.613 metros sobre el mar y encontrar una hermosa vista de Tirana. Allí, en el Parque Nacional de la Montaña Dajti, hay un restaurante, un hotel, un minigolf y un parque de aventuras con atracciones separadas para niños de 5 a 7, de 8 a 15 y mayores de 16 años. Detalle importante: no tires tu entrada al llegar arriba (1.000 lekes albaneses) porque la necesitarás para coger el teleférico a la vuelta.
5 pisos bajo la tierra
A la vuelta, a menos de 5 minutos a pie, visita el impresionante y disparatado Bunk’Art 1. Paranoico, Enver Hoxha deliraba porque Albania podía ser invadida o ser objetivo de un ataque nuclear y, por ello, ordenó la construcción y Se extiende por todo el país algo que se estima en 170 mil búnkeres para proteger a la población. Se debe haber gastado mucho dinero para “proteger” el país y no es difícil caminar por Albania y ver estos edificios.
El más megalómano es Bunk’Art 1, el más grande de ellos y que probablemente albergaría a personas cercanas al poder. Construido en los años 70, hoy es un lugar digno de visitar que muestra hasta qué punto los dictadores pueden llevar a cabo sus caprichos.
Son 3 mil m², cinco plantas subterráneas y 300 habitaciones. Todo sin ventanas. El lugar es impresionante. Hay pasillos y más pasillos, cubículos y más cubículos que es imposible imaginar cómo alguien podría sobrevivir allí por mucho tiempo. Tiene objetos originales. La sala que estaría destinada a Enver, lugar de reunión de la asamblea popular, aulas. Una ciudad subterránea que, estoy seguro, impacta a todo aquel que la conoce, porque da miedo y hace preguntarse hasta dónde es capaz la locura de un ser humano y qué podemos esperar de este mundo. El búnker es sofocante y huele a humedad.
Abierto todos los días de 9:30 a 18:00 horas. Entrada: 500 lekes albaneses.
Hay otro búnker más pequeño, también abierto a los visitantes, cerca de la plaza Skanderbeg.
Un día cogimos el coche y nos dirigimos a la playa de Durrës, a poco más de 40 km de Tirana. Es un trayecto corto, pero la carretera que lleva hasta allí, la SH2, está súper transitada. Incluso a las 9 de la mañana era difícil salir de Tirana y el regreso tampoco fue fácil.
La playa está en el mar Adriático y es pública, pero una silla cuesta 7€. Era domingo y estaba abarrotada. La infraestructura es buena, con varios hoteles y restaurantes en primera línea de mar. Es la ciudad más antigua de Albania fundada por los griegos en el año 627 a. C. con el nombre de Epidamno y tiene alrededor de 205 mil habitantes.
Tomamos aperitivos en el Restorant Zanzi, que está justo al lado de la playa.
Centro de tortura
Durante el recorrido por la ciudad, el guía señaló una casa y dijo que era donde se practicaban las torturas durante el período del gobierno comunista. Quería quedar, pero Sonia y Renata prefirieron esperarme en un café.
El Museo Nacional de Vigilancia Secreta House of Leaves es otra aberración de hasta dónde puede llegar la maldad humana. Y es muy bueno que el Gobierno albanés haya preservado los búnkeres y esta Cámara, que son ejemplos vivos de lo que hay que evitar a toda costa: la privación de la libertad a las personas.
Por fachada es una casa normal, pero nada más entrar siente un puñetazo en el estómago al recorrer sus dos plantas y estancias.
En el jardín, al frente, hay una abertura en el suelo que al bajar da a un pasillo y se llega a lo que debió ser un calabozo o algo similar. Insalubre, sin luz. Increíble cómo una persona puede pasar unos días allí.
Otro lugar sobre el que vale la pena reflexionar.
Abierto todos los días de 9 a 19 horas con una entrada de 700 lekes albaneses.
Restaurantes
Opa Street Food – En Rruga y Barrikadave, 682. Restaurante en la calle, abierto todos los días de 7 a 24 horas. Ensaladas, wraps, bowls, hamburguesas y pitas.
Cafetería Mon Cheri – hay varias unidades repartidas por toda la ciudad. Es un lugar para tomar un café y un snack.
Restaurante Piano Bar Piazza – En la plaza Muzeut Kombetar. Menú internacional y restaurante que recuerdan a escenas de películas con encuentros con agentes secretos.
Un viaje que no hicimos, pero que debería ser muy interesante, es visitar la Fábrica de Máscaras Artísticas de Venecia situada en Shkodër, 100 km al norte de Tirana. En este taller se fabrican las máscaras del Carnaval de Venecia.
Vlorë
Vlorë, ciudad portuaria en la costa del mar Adriático, tiene una avenida costera que es la envidia de muchas ciudades brasileñas.
Fue nuestra parada de una noche de camino a Ksamil y está a 160 km de la capital del país. Camino asfaltado, pero sin arcén.
Otra ciudad histórica, ésta del siglo VI a.C., que hoy cuenta con alrededor de 80 mil habitantes. Tiene muchas playas -el color del agua es espectacular- y hoteles.
Nos alojamos en el Hotel Central que a pesar de su nombre, está alejado del centro y de las playas. Muy buen hotel.
Lungomare, la avenida costera, es un buen lugar para alojarse ya que tiene varios restaurantes, está cerca del mar y tiene una maravillosa puesta de sol. Hay varios bares y restaurantes justo en la arena, uno de ellos es Yatch Beach Bar & Pizzeria, excelente para tomar una copa al final de la tarde.
Tres recomendaciones de restaurantes: El Mar Restorant & Piceri, Festo Shqipe y Sea & Sand, todos con mariscos.
Si puedes, puedes planificar dos días en Vlorë, que ofrece diferentes tours.
Ksamil
A 130 km de Vlorë, para llegar a Ksamil te encontrarás con una autopista con la mayor cantidad de curvas que he conducido jamás. Las líneas rectas, pequeñas, sirven sólo para conectar una curva con otra. A pesar de ser un trayecto corto, tardamos unas 3 horas en llegar al Luxury Hotel, otro hotel en Albania que nos sorprendió favorablemente, con un servicio impecable y habitaciones confortables.
Y, antes de llegar a la ciudad, vale la pena detenerse en algún punto panorámico para ver lo que te espera. Mar azul llamativo.
Ksamil no tiene 3 mil habitantes y para ir a la playa tendrás que elegir un club de playa. Prácticamente todo el litoral sólo tiene acceso al mar a través de beach clubs. Entonces, como la ciudad es pequeña, si tienes coche será complicado aparcar, pero como hablamos de turismo, siempre habrá un solar vacío donde te cobrarán el aparcamiento. En nuestro caso, nos cobraron 500 lekes albaneses (5 euros). Y, en el beach club, una silla para dos personas con sombrilla cuesta 30€. Consejo: llega temprano para asegurarte un buen lugar.
Lori Beach Bar es uno de esos lugares que combina una playa privada con restaurante y bar.
En la ciudad, antes de realizar cualquier compra con tarjeta, pregunta para ver si pasa. Normalmente los pagos se realizan en lek albanés o en euros.
Como toda la costa albanesa, las aguas del mar Adriático y Jónico ofrecen a los turistas aguas azules y arenas blancas incomparables. Y el resort tiene una peculiaridad: restaurantes-bares-piscinas. Hay espacios mixtos con restaurante, bar y piscina para los habituales, como Veranda By Apollonia, abierto todos los días de 8 a 24 horas. Es un lugar concurrido con música alta para bailar y entretenerse, pero el restaurante es muy bueno. Tiene piscina, pero está en primera línea de mar y desde la terraza se ve el mar Jónico y las islas de Ksamil.
Tanto en Vlorë como en Ksamil solo estuvimos una noche –nuestro viaje ya duraba casi 30 días– y fue una lástima porque las dos ciudades, con sus aguas cristalinas y azules, quieren detenernos para disfrutarlo.
Regresamos a Tirana por una noche, cogimos un vuelo a Madrid y tuvimos una experiencia desagradable. Reservamos alojamiento en el Hotel VH Eurostar Tirana, como opción para visitar otro hotel. Hicimos el check in y cuando fui a recoger las maletas para ir al ascensor nos informaron que los apartamentos estaban en otro hotel de la cadena, pero al otro lado de la calle, el VH Premier As Tirana Hotel. Está bien, vámonos. Pero cuando llegamos, la habitación estaba inhabitable, tanto la nuestra como la de Renata. Volví a la recepción (no había ninguna en este hotel) y me quejé. Nos cambiaron solo el nuestro, por un apartamento en mejores condiciones. Un consejo: en Tirana, elige el Ebel Boutique Hotel, un hotel mucho más grande y con mejor ubicación que los de la cadena Via Hotels. Es más: hasta el restaurante dejaba que desear y preferimos salir a comer fuera.
Si quieres planificar un viaje diferente, puedes incluir Albania en tu lista. Historia (para quien le guste) y hermosas y relajantes playas son el menú de este país que poco a poco va siendo descubierto, principalmente por los europeos.
Sonia Cristina Bittencourt, periodista, y Jean Luiz Féder, con fotos, periodista asociado a Abrajet-PR (Asociación Brasileña de Periodistas de Turismo – Paraná)