Iniciativa inédita da Gol faz dela a primeira companhia brasileira a oferecer tradução em Libras nas aeronaves. Por meio de uma aplicação disponível no tablet dos comissários, é possível traduzir conteúdos digitais (texto, áudio ou vídeo) para a Língua Brasileira de Sinais. Essa ação iniciou ontem (10/setembro).

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há cerca de nove milhões de brasileiros surdos ou com alguma dificuldade auditiva. Em razão da obrigatoriedade do uso de máscaras nas aeronaves, a comunicação dessas pessoas ficou ainda mais desafiadora, impedindo a leitura labial.

O aplicativo utilizado pela Gol é o VLibras, um software público de código aberto. Por meio de um avatar digital (feminino ou masculino) de um personagem em 3D, traduz os conteúdos que podem ser digitados ou ditados, utilizando a ferramenta de reconhecimento de voz para Língua Brasileira de Sinais – Libras, facilitando a comunicação a bordo. Além disso, existe a possibilidade de ajuste da velocidade de interpretação de acordo com a necessidade do usuário.

“A companhia, que tem como propósito ‘Ser a Primeira para Todos’, quer promover a melhor experiência a bordo para seus clientes, ainda mais na atual situação da pandemia. Esta iniciativa vai ajudar as pessoas a se comunicarem dentro do avião e terem acesso às informações tão importantes para a saúde, segurança e bem estar e isso vai proporcionar uma viagem mais tranquila”, diz Priscila Hernandez, gerente Estratégica de Tripulação de Cabine da Gol Linhas Aéreas.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Libras

A língua brasileira de sinais (Libras) é a língua de sinais (língua gestual) usada por surdos dos centros urbanos brasileiros e legalmente reconhecida como meio de comunicação e expressão. É derivada tanto de uma língua de sinais autóctone, que é natural da região ou do território em que habita, quanto da língua gestual francesa; por isso, é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da América. A Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, como o comprova o fato de que em Portugal usa-se uma língua de sinais diferente, a língua gestual portuguesa (LGP).

Assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis linguísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber visual-espacial, ou cinésico-visual, para outros. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo a comunicação de forma correta, evitando o uso do “Português sinalizado”.

Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos — e também de expressões faciais e corporais que transmitem os sentimentos que para os ouvintes são transmitidos pela entonação da voz, os quais juntos compõem as unidades básicas dessa língua. Assim, a Libras se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Como em qualquer língua, também na libras existem diferenças regionais. Portanto, deve-se ter atenção às suas variações em cada unidade federativa do Brasil.

Fonte: Wikipédia

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