Cada vez mais destinos que recebem turistas no Brasil se preocupam com pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida permitindo que esse público possa conhecer as belezas nacionais visitando praias, grutas, podendo realizar esportes radicais e caminhadas ecológicas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 6,2% da população brasileira têm algum problema de locomoção ou deficiência. Cidades como Fortaleza, no Ceará, Socorro, em São Paulo, e Brasília, no Distrito Federal, já oferecem acessibilidade, roteiros e serviços acessíveis para esses turistas.

Na Ilha do Mel, um dos destinos mais procurados no Litoral do Paraná, tem 4 cadeiras com o objetivo de facilitar a visita de pessoas com deficiência ou dificuldades de locomoção à Ilha e tornar a estadia delas mais agradável. Duas cadeiras ficam na Praia de Encantadas e as outras duas em Nova Brasília.

Loeide Teodoro foi uma das pessoas que já utilizou a cadeira. Ela tem ataxia, uma doença que prejudica o equilíbrio e a coordenação motora devido a danos no cérebro, e participa frequentemente de uma iniciativa similar do Governo do Estado em Pontal do Paraná: “Foi muito bom porque eu sempre uso a cadeira todo ano quando eu vou para o balneário de Praia de Leste e aqui na Ilha do Mel foi uma novidade”, contou.

Para utilizar uma das cadeiras, é preciso fazer agendamento no (41)99554-0313 e todo o deslocamento na Ilha do Mel é feito por trilhas.

As cadeiras do projeto Praia Acessível também estão presentes em outros 6 pontos de acessos no Litoral paranaense: Matinhos (2 locais), Guaratuba (1 local) e Pontal do Paraná (3 locais). s equipamentos estão disponíveis gratuitamente a todos os cidadãos enquadrados pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Na região Norte do país, a capital Macapá, no Amapá, também oferece acessibilidade aos visitantes o projeto Praia Acessível que disponibiliza cadeiras anfíbias para que pessoas com mobilidade reduzida possam aproveitar o Rio Amazonas, um dos maiores do país, com segurança e conforto. Outra atividade inclusiva proposta pela Prefeitura da cidade é o Mergulho da Inclusão”, que dá a oportunidade para pessoas com Síndrome de Down, Autismo e paralisia cerebral mergulharem no local.

VIAGEM: As praias acessíveis em Santa Catarina

No Nordeste, a capital baiana traz o projeto Salvador pra Cego Ver. A iniciativa pretende, a partir da audiodescrição, apresentar a cidade de Salvador a baianos e turistas com deficiência visual (cegos ou com baixa visão), além de traduzir para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) todo o conteúdo cultural e dados históricos da primeira capital do Brasil, promovendo uma prévia do que pode ser aplicado no turismo de outros destinos.

Ainda no Nordeste, a cidade de Recife, capital de Pernambuco, reativou em dezembro do ano passado o Praia sem Barreiras. A iniciativa tem o objetivo de garantir o acesso ao lazer, possibilitando o banho de mar assistido às pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e idosos. Desde o seu lançamento, o Projeto já atendeu a mais de 6 mil pessoas, incluindo familiares e cuidadores, com experiências de banho de mar que ocorre por meio de cadeiras de rodas e esteiras removíveis que permitem aos visitantes o deslocamento da faixa de areia até o mar.

No Estado de São Paulo, além da já conhecida cidade de Socorro, que é referência no segmento, os viajantes podem aproveitar o Praia Acessível da cidade de Caraguatatuba. Desde a última semana, as atividades do Projeto foram reativadas e funcionam na Praia do Centro de Caraguatatuba. O destino oferta 12 cadeiras anfíbias para acesso ao mar, além da prática de stand up paddle e caiaque adaptado, jogos de dama, baralho, xadrez, vôlei e passeio de handbike – bicicleta adaptada para PcD (Pessoa com Deficiência).

A capital federal também oferta atividades e serviços acessíveis para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. O Parque Nacional de Brasília conta com cadeiras especiais, batizadas de “Juliettis”, criadas para promover mais acessibilidade em trilhas realizadas nas unidades de conservação em todo o País. As Juliettis são equipadas com cinto de segurança afivelado e freio estacionário. Com capacidade de suportar até 90 kg por vez, as cadeiras são destinadas ao transporte em trilhas e terrenos acidentados, bem como aos atendimentos de emergências dentro dos parques.

Juliettis no Parque Nacional de Brasília. Foto: Ministério do Meio Ambiente

A questão da acessibilidade nas cidades é uma preocupação do Ministério do Turismo. Uma das ações desenvolvidas é o Programa Turismo Acessível que prevê iniciativas voltadas à promoção da inclusão social e do acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a atividades turísticas. O trabalho complementa outras inciativas desenvolvidas no âmbito do governo federal para a garantia de condições dignas de vida, a plena participação na sociedade e a igualdade de oportunidades a todas as pessoas com deficiência.

Com apoio da Agência Estadual de Notícias do Paraná e Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

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