Lua de mel num paraíso de águas de variações de tons de azul inacreditável. O cenário é Bonaire, Antilhas Holandesas, ilha vizinha de Curaçao e Aruba.

Saímos de Curaçao em direção a Bonaire pela companhia aérea DAE, Dutch Antilles Express Airlines, num dia azul com temperatura de 30° (o que é a média de temperatura na ilha). Chegamos ao “todo cor de rosa” Aeroporto Internacional Flamingo, a capital de Bonaire, Kralendijk, muito bonitinha com suas casinhas coloridas.

De cara você vai ouvir “Bom bini”: bem-vindo em papiamento, uma das quatro línguas da ilha – os habitantes falam também holandês, espanhol e inglês, que aprendem na escola. Mas a língua predominante é mesmo o papiamento – uma mistura de holandês, espanhol, português e influências dos dialetos africanos e da língua dos nativos arauak. Para os brasileiros fica até fácil, já que muitas palavras são próximas do português.

Bonaire tem praias maravilhosas. Pudemos conhecer, também, um pouco da história e sobre a extração de sal; vale ressaltar a importância que o sal tinha nos primórdios da ilha não como tempero, mas principalmente como conservante, já que as geladeiras só apareceriam séculos depois. Para o trabalho pesado eram usados escravos africanos e até hoje existem, em White Slave e Red Slave, construções que silenciosamente não nos deixam esquecer o passado cruel e repressor da ilha.

Conhecemos, ao Norte da ilha, o Parque Nacional Washington Slagbaai, onde vale a pena fazer alguns mergulhos, pois a cor da água e a variedade dos peixes são impressionantes.

Klein Bonaire, ou pequena Bonaire, a ilhota a Oeste da ilha, também merece uma visitinha para mergulho. Porém, é deserta, sem estrutura alguma. Então levamos a mochilinha com água e lanchinho….

Também é imprescindível comprar um equipamento básico para mergulho, já que Bonaire é o paraíso dos mergulhadores.

Outra curiosidade da ilha é o “Santuário dos Burros”. Os animais perambulam soltos como se fossem donos da ilha, como cachorrinhos, e hoje é proibida a exploração dos burros para transporte de cargas. Muito utilizados na época da extração do sal, foram alforriados junto com os escravos…

Ficamos hospedados num hotel em Lac Bay, onde pudemos praticar windsurfe. O lugar é perfeito para aprender o esporte uma vez que a água é quente, transparente e rasa. Muito tranquilo o lugar, muito esporte de dia e, à noite, estrelas muitas estrelas… vinhozinho num dos vários restaurantes de Kralendijk, acompanhado dos peixes Marri Marri ou Wahoo, no restaurante At Sea ou no pub Monaliza do holandês Daua, ou ainda, simplesmente desfrutar de um “dolce far niente”, namorar, namorar…..

Isabela Bittencourt Munhoz da Rocha

Publicado no Aeroporto Jornal – novembro/2013

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